Império da Carlota canta Chico Rei em seu retorno ao Carnaval Virtual

O GRESV Império de Carlota após ter ficado afastado do Carnaval Virtual no ano de 2019 retoma suas atividades prometendo um retorno em alto nível, a escola manteve sua equipe e trouxe o enredista Marcos Felipe Reis, para o Carnaval Virtual 2020 no grupo de acesso a escola cantará o enredo: “O Banho de Ouro”.

 

FICHA TÉCNICA

Nome: Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual Império da Carlota
Cidade sede: Betim -MG
Data de fundação: 30/09/2016
Cores: Vermelho, Amarelo e Branco
Símbolo: Princesa Carlota Joaquina e a Coroa Real

 

Presidente: Mateus Henrique da Cunha Brito
Carnavalesco: Mateus Henrique da Cunha Brito
Intérprete: Pedro Henrique Araujo

 

SINOPSE

O Banho de Ouro

Autor: Marcos Felipe Reis

Hoje as páginas de nossa história são bordadas pelo tempo
Bordadas com o ouro de nossa gente
Divino metal que enfeitou o luxo de realezas europeias
Mas também pintou o sofrimento daqueles julgados inferiores
Lá dos povos de África, havia um reinado
Sustentado pela força do marfim e de seus metais
Pela extração de sal e pelas belezas dos tecidos
Onde Galanga cuidava junto de sua família
Quando viu a criatura desprovida de cor chegar
Aportando com Madalena, o grande tumbeiro
E capturar toda sua gente…
O rei viu a esposa e a filha serem engolidas pelo mar
Na tentativa de apaziguarem a fúria das grandes águas
Jurou então que ia sempre lutar pelos seus
Chegando à nova terra, foi batizado pela fé estranha
Francisco agora era como deveria ser chamado
Fora então acorrentado, vendido, mas nunca vencido.

Porém a história que vamos contar hoje não é só tristeza
Mas também luta e perspicácia
Chico chega à Vila Rica para trabalhar em uma mina de ouro
Por entre estradas de terra batida, rios e cascatas
Trabalhou noites a finco garimpando a ganância
O ouro agora moldaria as igrejas da elite mineira
Mas também mantinha acesa a chama por liberdade
Chico, com a sabedoria de um rei
Calmamente depositava ouro por entre seus cabelos
Juntando-os com os frutos do trabalho
A fim de comprar a alforria
E banhou-se pelo anseio da liberdade
Guiando os homens fiéis a ti

Chico logo compra a mina de ouro que trabalhava
Trazendo prosperidade para os seus
Torna-se agora rei da então Ouro Preto
Sem perder a fé e a esperança
Ergueram seu próprio templo
Para Nossa Senhora do Rosário dos pretos
Por quem chamou de mãezinha na labuta
Agora negro teria onde rezar e adorar
Sem ser impedido de entrar
Santa Efigênia também ganhou um altar
Dando origem à primeira irmandade dos pretos
Motivo de muita festa pela maioria escrava da sociedade

Chico rei banha-se então no rio da eternidade
Mas não deixa seu legado perecer
As festas da irmandade eram tamanhas
Que coroaram o filho de Galanga como novo rei do Congo
Ressoando tambores, chacoalhando as maracas
As fitinhas coloridas abrindo espaço para as pretas velhas
Que giram e cantam suas ladainhas em devoção
Coroando novos reis e rainhas, alimentando a história
O azul e o branco do Congo mistura-se ao verde e rosa de Moçambique
Enquanto os brincantes saúdam o eterno rei
Que agora é estrela, ouro negro de nossa história
Reluzindo em estandarte no alto dos mastros
Por todos os cantos das Minas Gerais
Sendo canto, sendo reza, história e fé

 

INFORMAÇÕES DA DISPUTA DE SAMBA

– A escola encomendará a obra.

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