Imperiais de Madureira traz enredo crítico em seu retorno ao Carnaval Virtual

Após ter encerrado suas atividades após o Carnaval Virtual de 2016, a escola retorna suas atividades com promessas de um carnaval de alto nível. A escola cantará em seu retorno o enredo “Brasil, tua fome é de que?” de autoria do enredista Marcos Felipe Reis.

 

FICHA TÉCNICA:

Nome: G.R.E.S.V Imperiais de Madureira
Cidade sede: Madureira – Rio de Janeiro
Data de fundação: 18/08/2014
Cores: Azul, verde e branco
Símbolo: Águia e coroa imperial

Presidente: Anderson Inacio da Silva
Carnavalesco: Gabriel Borba
Intérprete: Lico Monteiro
Enredista: Marcos Felipe Reis

 

ENREDO:

Brasil, tua fome é de que?

Autor: Marcos Felipe Reis

Brasil…São tantos que querem falar de você
Mas ao mesmo tempo são tantos que lhe calam!
Tantas passagens que teimam em voltar à tona
Parece não deixar essa gente descansar em berço esplêndido
Explorados e oprimidos se unem
Marias, Josés, Raimundos, Joãos, Silvas, Pereiras, Souzas e Oliveiras
Para combater o retorno dos canhões e censuras
E fazer cicatrizar de novo a ferida mórbida ditatorial
Que insiste em apagar seus personagens
Que tentam encontrar uma solução…

E dentro desse grande Brasil
Existem vários brasis
Que refletem os dois lados da moeda:
O Brasil que anda ao sol
País da sorte, que tudo dá
Dá paz, trabalho, saúde e dinheiro
Onde o sucesso vem de berço
De ouro, prata, pera com leite
E o Brasil que anda à sombra
Que está foragido, perseguido
Julgado, pelas vielas oprimido
Países perdidos na imensidão continental
Que travam lutas para vencer o dia
A arma, a bíblia, o terno e a gravata
O sinal, o grito, a bala, a voz, a dor

A dor tem cor
Tem periferia enderaçada
Torna-se a carne mais barata
Acorrentada pela social realidade
Que não vê a hora de seguir à diante
Todo dia uma luta
Todo dia uma história
Sobreviver é resistir
Em união abraçar o irmão
Quem matou? Onde está?
Pois então lute! Levante desse sofá!
A nossa onda negra precisa avançar
Livre, ancestral, PRESENTE!

Superação!
A nossa voz ergue-se na multidão
”O Brasil só está doente”
Logo, tudo há de passar
Eu quero um país que abrace mais a gente
Onde a fé nos guie e não nos julgue
Que a mãe gentil volte a nos abraçar com carinho
E continue ”pátria amada, idolatrada, salve…” nos salve!
Livre das amarradas, dos esquemas, dos jeitinhos
Um país que funcione, que nos liberte
Que não mais passe fome…

 

INFORMAÇÕES DA DISPUTA DE SAMBA

– Escola encomendará o samba

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