Ewá, a senhora das possibilidades, será louvada em 2021

Logo oficial da agremiação.

A IEPA – Império da Estação Primeira da Alegria – escola do Grupo de Acesso 2 do Carnaval Virtual apresentará em 2021 o enredo A senhora das possibilidades de autoria de Christopher Munford, carnavalesco da agremiação, em homenagem à orixá Ewá. A escola de Mangaratiba, região sul-fluminense de seu Estado apostou na manutenção de seu carnavalesco para buscar uma vaga no Grupo de Acesso 1 do Carnaval Virtual para o ano que vem.

Confira abaixo a sinopse da escola:

Logo oficial completo da agremiação.

A senhora da beleza, encanto e do fascínio, vive nas matas apreciando o silêncio atenta a todos os sons da natureza e dos seres vivos. Ela é companheira da grande árvore-orixá, o senhor de todas as árvores, Iroko, temido, amado e respeitado por aqueles que conhecem de perto, e, é a morada dos orixás, a ponte que liga o Orum e Ayê e de todos os tipos de espíritos. Nas noites de lua cheia, Ewá deita-se nas raízes da árvore-orixá e perde horas a contemplar as estrelas. A senhora do silêncio aprecia sensivelmente o som dos animais e o barulho das águas. Ela aprendeu com Odé a arte da caça, protegendo os animais dos invasores, podendo castigar os agressores da natureza, que é seu habitat. É a Senhora da percepção, aquela que priva as sensações e confunde os inimigos com sons perturbadores e visões de bichos peçonhentos. Além disso, é a senhora das poções e dos venenos, tendo o poder de proteger contra doenças infectocontagiosa e picadas de serpentes venenosas.

Ela é a senhora da transformação e da invisibilidade, domina as ações secretas em todos os níveis, da camuflagem à metamorfose e pode tomar a cor que quiser, propriedade de alguns animais como o camaleão. Ela é responsável pelo crescimento dos seres, tanto do reino animal como vegetal, além disso, é protetora dos animais pequeninos. Ela é a senhora dos disfarces, apresenta-se do jeito que quiser conforme a vontade do momento, principalmente como um pássaro, o que faz se Elèyé, principal elemento feminino ou como serpente, animal sobre qual exerce poder e fascínio, símbolo de sabedoria e antiguidade, e com quem tem grande cumplicidade e aliança. Ela é a padroeira do místico, do mágico e de todos os encantamentos e feitiços, considerada a padroeira dos artistas e das artes. É a senhora dos sonhos, responsável pelo transe e fantasia, tem o poder de governar os sonhos dos homens, mulheres e crianças.

Orunmilá, o orixá que inventou o jogo de Ifá e o jogo de búzios lhe deu de presente a visão, assim fazendo dela a mãe do adivinho, por ter ajudado o orixá a se esconder de Ikú enquanto fugia. Além disso, ela não queria casar, e para não se encontrada escondia-se atrás do arco-íris, onde ninguém podia ter acesso. 

Filha de Nanã e Oxalá, irmã de Oxumarê, Omolu e Ossain. Ewá é cultuada nas casas de nação Ketu, mas são raros os Yaôs que são iniciados e é um orixá de culto refinado e exótico, a sofisticação faz parte do próprio caráter dessa Yabá. As oferendas feita somente por mulheres, dando valor especial para os pratos bem arrumados, como, guisado de feijão-fradinho, banana da terra frita em azeite, pirão de batata-doce, cabra, conquéns, pombos, obis, acaçás, mel, azeite-de-dendê e aruá. No candomblé, os Ogãs dão início ao Xirê. Ewá é vestida com roupas de cores quentes, com seu aracolê na mão ornada de palha e búzios, ela se apresenta imponente no candomblé e o barracão canta e dança ao som dos atabaques e todo o mundo saudar, Riró!

Iyewa Iyewa
Maajo, Iyewa Iyewa
(Ewá, ewá, dançamos
Para Ewá, Ewá)
Iyewa Iyewa
Maajo, Iyewa Iyewa
(Ewá, ewá, dançamos
Para Ewá, Ewá)
Ma o ma o lese
(cultuamos a mãe que ajuda a ficar de pé)
Iyewa Iyewa Maajo
(Para ewá dançaremos)

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