Estrela Dalva canta 23 de abril em seu enredo de estreia no Carnaval Virtual

O GRESV Estrela Dalva apresenta seu enredo para o Grupo de Acesso do Carnaval Virtual 2020, a escola que já possui 11 anos de existência, irá cantar em sua estreia na liga o dia 23 de abril com o enredo: “23 de abril” de autoria do carnavalesco da escola Pedro Henrique Ribeiro, o logo é do Design Adalmir Menezes.

 

FICHA TÉCNICA:

Escola: Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual Estrela Dalva
Cidade sede: Rio de Janeiro
Data de fundação: 04/08/2008
Cores: Verde, Branco e Ouro
Símbolo: Estrela de 8 pontas

Presidente: Jorge Luiz de Jesus Goulart
Carnavalesco: Pedro Henrique Ribeiro de Souza
Interprete: Luizinho Andanças
Patrono: Zé Colméia
Diretor de Carnaval: Rodrigo Coimbra Ferreira
Mestre de Bateria: El Carecón M.C.

 

ENREDO:

23 de abril

Autor:Pedro Henrique Ribeiro

“É dia de Jorge
É dia dele passar
Dele passar
No seu cavalo branco…”
(Jorge Ben Jor, Domingo 23)

Jorge se martirizou em nome do Cristianismo durante o predomínio do Império Romano na Europa e na Ásia Menor. Nascido de mãe cristã na região da Capadócia no século IV, cresceu na Lida (território hoje pertencente a Israel), ascendeu na carreira militar e foi da guarda pessoal do Imperador Diocleciano, que ordenou sua execução. Sua imagem tornou-se logo difundida pelo mundo, mas em alguns lugares sua impressão foi maior – e, no Brasil, tornou-se o Santo Guerreiro que dá armas para seu povo lutar. Mas, até aqui chegar, Jorge fez uma loooonga viagem…

Jorge renasceu na família do Lord Coventry, na Inglaterra, mas foi sequestrado e criado pela Dama do Bosque, que lhe concedeu poderes especiais. Ganhou sua armadura da justiça, da verdade e da salvação; sua capa, que representa seu martírio; suas armas, a lança e a espada da palavra de Deus; e seu cavalo branco, simbolizando a pureza e a santidade.

Lutou contra os sarracenos e foi para Sylén, Líbia, lutar contra um dragão de hálito mortal. Jovens eram oferecidas em sacrifício e Sabra, filha do rei, seria a próxima. Após uma longa batalha, Jorge mata o dragão e salva a princesa – mas seu pai não autoriza o casamento, e ordena que seu exército o elimine. Livre dos perigos, Jorge foge com Sabra para casar em Coventry, sendo para sempre felizes.

Por matar o dragão que trazia o mal aos povos, Jorge foi condecorado em Gênova, Barcelona e Moscou, batizou um país com seu nome – a Geórgia – e fundou na Etiópia o santuário de Laibela, considerado uma Nova Jerusalém. Em Israel, ordenou que a igreja de Lida, onde passou parte da vida, fosse reconstruída, para guardar suas relíquias. Lá, lembrou-se de sua mãe…

Aconselhou reis e líderes militares, ajudando os cruzados na Ordem da Jarreteira – ou Ordem dos Cavaleiros de Jorge -, criada em 1348, por Eduardo III, sendo a mais antiga ordem de cavalaria inglesa.

Partiu para Portugal, onde ajudou o exército na estratégia que levou à vitória na batalha de Aljubarrota contra os castelhanos. Em sua homenagem, um castelo foi erguido nas colinas de Lisboa. O sucesso foi tanto que Dom João I trocou Santiago por Jorge para apadrinhar Portugal.

O tempo passa e Jorge embarca em caravelas rumo ao Brasil, onde sentia que seria ainda mais útil e especial. Que guerras o aguardariam? Que batalhas enfrentaria?

Ao chegar, viu um povo nativo sendo dizimado e outro sendo escravizado; viu a maldade e a pobreza, mas também viu a humildade e a persistência. Montou em seu cavalo e foi até a Lua, suplicar para que protegesse seu povo. Sua sombra na Lua foi percebida – e é para lá que esse povo olha em busca de Jorge.

Os negros desta terra o identificaram com Ogum, orixá guerreiro que na Lua bebe de feminilidade para equilibrar com sua excessiva masculinidade. Jorge sai da Lua sempre que ouve um batuque para Ogum – embora Jorge também seja visto na Bahia quando cantam pontos para Oxóssi.

Jorge empresta suas armaduras para esse povo brasileiro sempre que o pedem – são muitos dragões no dia-a-dia! Muitas batalhas para se vencer onde a fortuna é muita e a partilha é pouca; onde tem muita intolerância, mesmo com tanta diversidade.

E, quando chega o dia 23 de abril, Jorge desce. Regozija com esse povo desde os fogos da alvorada, abençoa todos que oram em suas igrejas, que cantam em procissões e que empunham bandeiras com a cruz vermelha.

Após tanta súplica e oração, Jorge fica mais um pouco para assistir as festas e comemorações, prova uma deliciosa feijoada e se alegra com um bom sambinha! E, quando todos vão se deitar, Jorge ascende aos céus, se aconchega na Lua, e de lá continua protegendo o povo cujo carinho e devoção lustram sua armadura – a mesma que ele volta a emprestar nas lidas sofridas do povo brasileiro.

 

INFORMAÇÕES DA DISPUTA DE SAMBA

– Escola irá encomendar a obra.

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