Coração Sanfoneiro é o enredo da Corações Unidos para o Carnaval 2022

Logo Oficial do enredo.

A Corações Unidos, escola de Osasco/SP, apresentou o seu enredo para o Carnaval Virtual 2022.
Na busca pelo título de campeã do Grupo Especial, a vermelho e verde cantará o enredo: “Coração Sanfoneiro: o Velho Lua e a Voz da Emoção”, do enredista Diego Araújo que, mais uma vez, assina o enredo a ser desenvolvido pelo carnavalesco Jerlânio Souza.

Confira abaixo a justificativa e sinopse do enredo da Corações Unidos:

Justificativa

“…Cidades, lugares, pessoas, saudades
Lembranças, estradas, bandeiras
Amigos, irmãos, companheiros, comparsas
Do bando, da vida guerreira
A força do teu coração é a força do meu coração
Nossa voz, estamos todos pelaí
Questão de fé…”

Corações Unidos. Foto: Divulgação

A emoção dá o tom para os acordes sertanejos desta história! E o Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual Corações Unidos, não se avexa, e no Carnaval Virtual 2022 acende as luzes do grande palco para uma exaltação a dois brasileiros que se tornaram ícones da história musical deste país.

Ê saudade! Que conduz essa viagem lá para as bandas do sertão onde o sol faz arder a terra, e a lida, faz homem um forte contra a seca, a miséria e a morte. Ê saudade! Do menino de Exu, sanfoneiro bom, que se fez cantador importante, e por merecer, brilhou feito lua no alto do céu. Ê saudade! Que arrocha o peito, e o moleque, que cresceu nas ladeiras do São Carlos, vai descer o morro pra outra vez cantar as suas emoções.

E com os corações sanfoneiros unidos, a musicalidade de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, dão forma ao enredo: “Coração Sanfoneiro: o Velho Lua e a Voz da Emoção”. Cantaremos, de forma não-linear, as composições musicais que marcaram a trajetória de pai e filho. Pedimos licença aos fatos e livros de história, e neste momento de folia, faremos das canções e melodias, o fio condutor de uma grande celebração!

Puxa o fole sanfoneiro!
O espetáculo vai começar!

“…Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações das terras onde passei
Andando pelos sertões e dos amigos que lá deixei…”

Sinopse

Ê sanfoneiro!
Deixa falar o coração,
Puxa o fole, acorde mais um verso,
Deu saudade de cantar!
Ê sanfoneiro!

Que faz lembrar o sertão,
Onde o sol alumia, lamparina do dia,
Inclemente, incessante e ardente,
Tá pra nascer uma folha verde no cariri,
Pra ver de novo mandacaru florir,
Cantar sabiá, acauã e juriti,
Como quem diz: o nordestino vai resistir! Pois o suor da lida é que molha a aquarela,
Insiste, persiste e não desiste por mais que seja triste, O sertanejo, antes de tudo, é um forte!

Quem segue destino, as vezes desatino,
Tá na busca do pão pra não viver de ilusão. E a vida, quem diria, é passageira,
Viajante, pau de arara, boleia e sonhos,
Esperança, de Teresina a São Luiz,
From United States of… Piauí!
E vai flutuando, feito balão no céu estrelado, Abençoado pelo seu “Padim” tão amado,
“Velho Lua” foi deixando o seu recado!

Logo Oficial do enredo.

E seguindo, vamos à luta!
Pois a gente acredita nessa rapaziada,
E na fé da moçada que enfrenta a fera.
Semente do amanhã, moleque, encanta,
Unidos! Em acordes, violão e canção,
Observando as luzes da cidade, compor, Achados e perdidos remendando sentimento,
Artista da vida que não deixou de sonhar! Mata essa sede no Rio que desagua poesia
Onde São Carlos, passistas, poetas e sambistas, A esperança continua, a plateia aplaude e pede bis,
Ô Dina, teu menino pegou um sonho e saiu por aí!

É infinito o desejo!
Reencontro, baião de dois, de pai pra filho. Ave Maria do Sertão, pra ser tom de coragem, E começar tudo outra vez!
É… Coração sanfoneiro viajando por aí, Fala Brasil, estrada de canindé, sem aperreio! São as vozes da seca a ecoar por esse mundão,
Juazeiro, meu pé de serra, pulsando feito pandeiro. É… são as lutas dessa vida em poesia, Sangrando, ouça o grito de alerta!
Brilho nos olhos, tremor nas mãos,
E a pureza da resposta das crianças,
É a vida, é bonita!
E se alguém chorar, não se espante,
Cante!

Por essas estradas que tem destino infinito, A benção do Januário, não te esquece não,
Pra fazer bonito, respeita os oito baixo! E nesse “arvoroço” tem xote pras moças, “Imbalança” o chão, pó e poeira,
Lá vai os “moço” que viraram estrela,
Borboleta prateada feito coisa encantada, São João do Carneirinho, viola enluarada,
O Rio São Francisco vai bater no meio do mar!
E no ato final do espetáculo,
Primeiro, um partiu com saudade do sertão,
Asa branca, chapéu e gibão,
“Vaqueiro véio” deixou a sanfona sentida.
Daí “saudade dói” coisa de uma vida inteira,
E o outro foi fazer seu eterno recomeço.
Mas a luz do palco continua acesa,
Sanfoneiro bom não desafina na “hora do adeus”,
Espere morena, eles chegam já,
Estrelas de ouro, Luiz e Luiz,
O rei e a voz da emoção,
Gonzaguinha e Gonzagão.

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