Acadêmicos de Madureira homenageará Dona Ivone Lara em sua estreia no Carnaval Virtual

O GRESV Acadêmicos de Madureira apresenta seu enredo de estreia no grupo de acesso do Carnaval Virtual 2020, a escola prestará uma homenagem a célebre sambista e compositora imperiana Dona Ivone Lara com o enredo: “Ivone Lara uma Jóia Rara” de autoria do enredista Leandro Curti. O logo do enredo foi confeccionado pelo diretor de carnaval da escola, Gabriel Castro.

 

FICHA TÉCNICA:

Escola: Grêmio Recreativo Escola de Samba Virtual Acadêmicos de Madureira
Cidade sede: Rio de Janeiro
Data de fundação: 05/04/2020
Cores: Vermelho e Branco
Símbolo: Coroa

Presidente: Pedro Henrique Gomes Cordeiro
Vice Presidente: Anderson Santos Prata Ribeiro
Diretor de Carnaval: Gabriel Castro de Souza
Presidente de Honra: Fernando Rafael Magalhães de Sousa
Enredista: Leandro Musachio Curti
Carnavalesco: Gabriel Santos da Silva
Pesquisador: Francisco Weslley Marinho da Costa
Intérprete Oficial: Leo Pimenta

 

ENREDO:

Ivone Lara uma Jóia Rara

Autor: Leandro Curti

A GRESV Acadêmicos de Madureira vem apresentar a Dona Ivone Lara, que nasce de uma história marcada por melodias, amores e sonhos traçados nas teias do tempo, percorrendo as trilhas do que se chama destino.

Dona Ivone nasceu em 13 de abril de 1922, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.  Já trazia na veia o sangue musical herdado da mãe, pastora do rancho Flor do Abacate, e do pai, exímio violão de sete cordas e integrante do bloco Os Africanos. Uma família de muitos talentos.

Dona Ivone Lara mudou-se para Madureira e começou a freqüentar a Escola de Samba Prazer da Serrinha, mesma época em que começou a compor sambas para esta escola. Nessa época compos muitos sambas e partidos-altos, que eram mostrados aos outros sambistas pelo primo Fuleiro (também compositor), como se fossem dele, pois o preconceito vigente não favorecia a aceitação de mulher sambista.

Em 1947 viu nascer um novo capítulo com a fundação do Império Serrano, onde passou a desfilar na ala das baianas. Mas compor samba não era coisa de mulher. E ao lado do Mestre Fuleiro, primo e diretor de harmonia da nova escola, surgiram obras apreciadas tanto pela alta linhagem imperial como pelos sambistas das demais escolas. Dona Ivone já era respeitada, mesmo sem assinar muitas de suas composições. Foi por isso que em 1961, viveu um momento inesquecível ao desfilar na ala de compositores, embora dela não fizesse parte oficialmente.

Ao decorrer da sua vida emplacou diversos sucessos que até hoje não sai das rodas de sambas tradicionais como eles:

Em cada canto uma esperança.
Acreditar.
Sorriso negro.
Sonho meu.
Andei para curimã.
Liberdade.
Alguém me avisou.
Tendências.
Força da imaginação.

Até que veio o carnaval do Quarto Centenário do Rio de Janeiro. Era um momento especial na história da cidade. As escolas deveriam apresentar temas cuidadosamente escolhidos para celebrar a data. E assim surgiu Os Cinco Bailes da História do Rio. Algo acontecia na Corte Imperial, prenúncio de uma revolução. Ao lado do mestre Silas de Oliveira e Bacalhau, Dona Ivone assinou o samba e entrou para a história. Mais do que isso: conquistou a quadra verde e branca, encantou pastoras, emocionou os componentes. E sagrou-se a primeira mulher a vencer uma disputa de samba-enredo na história do carnaval carioca. Na Avenida, o Império bailou ao som de uma melodia cheia de nuances e lará-iás. Surgia com brilho raro uma das obras-primas do gênero samba-enredo. E a estrela da cantora e compositora iluminou muito mais que a própria corte da qual já era rainha.

Foi nos palcos da vida que Dona Ivone Lara ergueu os braços ao estrelato. A postura diante do público, o cuidado com a aparência e o respeito à plateia foram lições que ela aprendeu com as cantoras do rádio, que tanto admirava. Sob os refletores, ela reinava. Dançando jongo e cantando seus sambas, o público ia ao delírio. Liberdade. Sonho. Amor. Às vezes tristeza, melancolia. Mas, sobretudo, verdade. Temas que Dona Ivone cantava nos palcos mundo afora, celebrando os sentimentos e os sentidos de nascer, crescer e amar. Amar à arte como a si mesmo. Traduzir em canção um “Sonho Meu”, um “Alvorecer” que leva as dores da noite e traz a esperança de um novo dia. Revelar o que tem dentro de si e compartilhar emoções com o público que a abraçava em forma de aplauso.

Dona Ivone morreu no dia 16 de abril de 2018 aos 96 anos. O velório aconteceu na Quadra do Império Serrano, sua escola do coração, em Madureira, na Zona Norte da cidade.

E o sorriso negro que tantas vezes iluminou o Brasil se foi, mas estará sempre em nossos corações. Dona Ivone Lara é a inspiração pela qual a Acadêmicos de Madureira irá desfilar, e iremos mostrar essa maravilhosa história dessa joia rara.

Salve Dona Ivone Lara!!

 

INFORMAÇÕES DA DISPUTA DE SAMBA

– O nome da escola, Acadêmicos de Madureira, citado no samba é de extrema importância.

– Os sambas deverão ser enviados para o Whatsapp (21) 98855-7276 com o nome dos compositores, letra e áudio sem limite de composições por compositor.

– Os sambas enviados deverão conter letra e áudio. (Áudio pode ser em versão amadora a Capela)

– A descrição do enredo ao decorrer do samba deve ocorrer de forma cronológica aos fatos descritos na sinopse e deve conter exatamente os desfechos por ela abordado.

– O samba deve ter uma pegada forte, porém tratando com clareza e fácil entendimento a Dona Ivone Lara, seus feitos e sua relevância.

– A Data máxima para recebimento dos sambas é dia 05/05/2020 até as 23:59hs

– O resultado final sairá dia 09/05/2020 na Live do Carnaval Virtual.

– A GRESV Acadêmicos de Madureira premiará o samba vencedor com o valor simbólico de R$ 250,00.

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