* Por Eloah Mota
A coluna “Inspirações” entrevista integrantes da União de Escolas de Samba de Maquete sobre os processos de produção da arte do efêmero, buscando registrar suas trajetórias e as grandes influências. O carnaval festeja a relação entre o povo e a arte. Mais do que brincantes, a festa abraça sonhadores que o tem como essência e constroem no universo das Escolas de Samba suas carreiras. Segundo o Ministério do Turismo, o carnaval movimentou só no Brasil em torno de R$ 8 bilhões no setor turístico em 2020. Uma das maiores tradições culturais do planeta, não fica de fora do protagonismo no mercado criativo e nem do interesse da grande mídia, desde 1960 vem sendo televisionada para milhões de espectadores, ampliando ainda mais a potência da festa do momo. E é através da TV que muitos integrantes da UESM tem seu primeiro contato com o universo carnavalesco e hoje, vamos conhecer uma dessas histórias.
Representante da Mocidade do Itaim Paulista (MIP), Denis Rafael assistiu primeira vez um desfile de Escola de Samba pela televisão, sentado no sofá de casa. “Foi em 2010 vendo a Pérola Negra, minha escola de coração, e a Mocidade Alegre, minha escola da alma, desfilando no Sambódromo do Anhembi. Dali em diante fiz maratona dos desfiles todos os anos”, nos contou rindo. Ele completa dizendo que assiste desfiles diariamente e tem o hábito, comum entre os apaixonados pelo carnaval, de de rever obras mais antigas: “Assisto desfiles todos os dias. Gosto de rever desfiles antigos dos anos de 97, 98 e atuais do Rio de janeiro e São Paulo”.
Em 2012, o interesse de Denis por Escolas de Samba se intensificou após desfilar pela Pérola Negra (com o enredo “A Pedra Que Canta Também Samba. Itanhaém, Hoje a Pérola é Você!”, em homenagem à cidade do litoral paulista, Itanhaém). “Sem dúvidas foi o desfile que mais me marcou e que considero mais especial para mim. Eu estava lá vendo tudo de pertinho! Foi incrível e inesquecível. O enredo tocou todos no Anhembi e foi um show à parte na noite, entrou campeã e se consagrou como tal. Ali nascia uma nova morada”, relatou. Posteriormente, compôs comissão de frente e ala coreografada em diversas agremiações, como: Águia de Ouro, X-9 Paulistana, Mocidade Alegre, Colorado do Brás, Tucuruvi, Mancha Verde, Acadêmicos do Jorge.
Perguntado sobre suas maiores inspirações, o carnavalesco da vermelho e verde da Liga respondeu: “Gosto muito do lado humano do Sidnei França. Me inspira muito o lado lúdico e louco de fazer fantasia do Paulo Barros, Mauro Quintas, Jorge silveira, Eduardo Caetano e meu amigo incrível Fabio Gouveia, atualmente na independente tricolor. Todos eles são grandes inspirações para mim. Tem a pegada que mescla o moderno, tradicional e lúdico que gosto muito”. O espaço de liberdade criativa, como conceitua o entrevistado, não pertence somente ao mundo das miniaturas. Afastado por conta da rotina corrida, Denis trabalhou por 3 anos com adereços e decoração de alegorias em agremiações paulistas. E tira das experiências com o carnaval real referências para suas obras. “Todos meus trabalhos fiz com prazer e alegria. Já escrevi enredo pra escola de samba e pretendo um dia reeditá-lo na maquete, todo tema ou arte precisa ser divulgada eu acredito”, reflete Denis sobre seu atual trabalho na MIP. Vem do carnaval real também as escolhas do pavilhão e bandeira da escola, fundada por Denis em 2013, inspiradas na paixão de infância pela Mocidade Alegre.
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