Inspirações: Nas asas da coruja, a inspiração em verde e branco

* Por Renato Garcia

Mocidade Recreio das Flores – Rio das Flores/RJ

Mesmo em tempos de pandemia, seguimos conhecendo um pouco mais sobre os protagonistas da UESM, nossos carnavalescos e presidentes; e na coluna Inspirações de hoje, quem nos falará um pouco de sua experiência com a festa de momo será o Robson, que preside e assina, em parceria com o Thiago, a Mocidade Recreio das Flores.
Nosso entrevistado começa contando que se recorda de um boco de rua que existia em seu bairro. Bloco este que ele mesmo já integrou e que, uma vez , sua mãe costurando a roupa do Mestre Sala e Porta Bandeira ele comparou a costura ao desenho do carnavalesco , e sem titubear , disparou: “essa costura está errada”…pronto , já estava picado pelo “bichinho” do carnaval.

Renato Lage. Foto: Reprodução
Renato Lage. Foto: Reprodução

Robson não sabe ao certo quando assistiu ao primeiro desfile de carnaval, alguns flashs o remetem a sua infância, onde apenas uma casa na rua possuía televisão em cores, e as luzes que vinham dessa casa era verde e rosa…em outro relance de memória, o que vem a mente é a icônica comissão de frente dos Escafandristas da Mocidade Independente em seu Chuê, Chuá, as águas vão rola…aliás, esse desfile, a plástica dos carros , em especial o abre alas é que tornou Robson um apaixonado pela festa e pela verde e branco de Padre Miguel, isso explica a homenagem que o mesmo fez em sua escola na UESM: Mocidade Recreio das Flores, onde sua estreia foi embalada pelos versos: é no chue, chue, é no chue,chua; pois a triseza eu já deixei pra lá…
Entre vai e vens, são mais de vinte anos acompanhando desfiles. Algumas vezes com o coração na mão – os amargos anos em que a Mocidade despontava na parte debaixo da tabela. Robson também conta que por ter uma rotina tumultuada, ele acaba não sendo um aficionado por desfiles. Contudo, sua entrada na UESM o fez com que passasse a consumir mais material relacionado ao tema. Para isso, a internet foi decisiva, pois além dos tradicionais desfiles do Rio e São Paulo, ele também descobriu outros trabalhos interessantes, como Manaus, Uruguaiana, Friburgo e o peculiar carnaval da Argentina.

Jorge Caribé. Foto: Divulgação
Jorge Caribé. Foto: Divulgação

Perguntado a ele sobre inspirações carnavalesca, além da lembrança de Joãozinho Trinta, a unanimidade é Renato Lage, embora as vezes apresente trabalhos equivocados, é considerado um gênio. Severo Luzardo é outro que chama atenção de Robson , além de Cahê Rodrigues e Jorge Caribé que , na sua visão, conseguem tirar leite de pedra.
Para Robson , a festa do carnaval é única, onde aqueles que tem o dom sempre irão brilhar . Ele acredita que se trabalhasse na festa real, se adaptaria melhor na parte burocrática da mesma.
Quando falamos da UESM, ele nos conta que entrar no carnaval de maquetes foi criar uma espécie de válvula de escape. Visto que realizar o trabalho que esse desfile exige , para ele, é uma terapia diante da correria e das tensões do dia a dia. “O carnaval de maquete ajudou-me muito em um momento bem tenso e triste de minha vida”, nos revela.

Robson preparando o carnaval de 2019. Foto: Acervo Pessoal

Robson acha que todos os que passam pela UESM acabam , de alguma forma, contribuindo e inspirando outros a também quererem fazer parte desse meio. Para ele, o que trona isso mais incrível é que uma única pessoa pode revelar nas maquetes muitas facetas , que vão desde pesquisadores de enredo até compositores de samba.
Para finalizar, ele afirma que o desfile das escolas de samba é verdadeiramente o maior espetáculo da Terra!

Saiba mais sobre o Carnaval de Maquete da UESM

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*em colaboração voluntária ao SRZD19

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