Inspirações: Independente , na identidade, no coração e na UESM.

* Por Renato Garcia

E eis que a ideia chega, repentina e momentânea. Alguns a definem como a capacidade criativa dos artistas, outros como iluminação…é a inspiração. O mote de nossa coluna : inspirações dos nossos artistas do carnaval de maquete.
“ Não sei se o meu trabalho na Maquete inspira alguém…” assim declara Thiago Laurentino, que hoje abrilhanta nossa coluna Inspirações.
Presidente e carnavalesco da escola de maquete Independente Suburbana, no Rio de Janeiro; Laurentino revela que sempre adorou essa festa mas que começou a acompanhar de fato os desfiles aos 14 anos, no ano de 2004 e de lá pra cá, assistiu pela televisão todos os anos a todos os desfiles. Ao vivo, desde 2011 bate ponto no sambódromo e o que interessa mais para ele é a inovação, a ousadia e a originalidade. Dosando esses elementos com a linguagem do carnaval …

Quando criança, Thiago acompanhava seu pai e seu tio nos ensaios de rua da Mocidade Independente na famosa Guilherme da Silveira , já que morava em Bangu. Estamos falando dos seis anos de idade dele, ou seja, Padre Miguel ensaiava seu fantástico De Corpo e Alma na Avenida, de 1997; não a toa ser esse o primeiro desfile que Thiago assistiu pela televisão. Ao vivo, foi em 2011 que conheceu o espetáculo na marques de Sapucaí onde, debaixo de um temporal, acompanhou a série A, na época chamado de grupo de acesso. Mas um bom amante de desfiles não fica só no Rio…os desfiles paulistanos também entram nessa conta: Mar de Rosas, da Sociedade Rosas de Ouro é o primeiro que ele assistiu pela TV em 2005, e ao vivo em 2012, acompanhou a primeira noite do Grupo Especial, na sexta feira…louco de paixão, sempre vou te amar…

Sobre carnavais marcantes, Thiago escolhe , entre vários, o de 2017 como um todo. Pois foi o ano que ele voltou a desfilar , depois de 5 anos só assistindo. Ano de ótimos sambas ótimos, vários acontecimentos nos desfiles… e, é claro, coroado com a volta da Mocidade Independente ao sábado das campeãs, fato que não acontecia desde 2004.
As referências artísticas de nosso entrevistado são vários, talvez isso explique a versatilidade dos desfiles realizados por Thiago. Quando se fala em efeito, simetria e limpeza de forma , os nomes que vem a mente de Laurentino são Renato Lage e Alexandre Louzada. Já a capacidade de Rosa Magalhães e do saudoso Joãozinho 30, que conseguem carnavalizar praticamente qualquer tema chamam sua atenção. E da nova geração, ele admira os trabalhos de Leandro Vieira e Cahê Rodrigues, pela técnica e capacidade de adaptar materiais alternativos e obter efeitos incríveis.

Laurentino nunca trabalhou de fato com o carnaval real, a não ser ajudando como voluntário no barracão da Mocidade, finalizando algumas fantasias de composições alegóricas. “Se houver um convite eu topo trabalhar sim. Me chama que eu vou”, revela o artista que declara fazer parte da UESM para brincar de ser carnavalesco. Pare ele, a maquete além de uma distração, é também, uma terapia, que ajuda a relaxar do estresse do trabalho acadêmico. Seu principal objetivo ao fazer a Suburbana é ser feliz.
Thiago não sabe se o seu trabalho pode influenciar alguém, mas ele acredita que se isso acontece, deve ser pela preocupação com a pesquisa e construção de seus enredos, além da tentativa de inovar em alguns aspectos.
O artista finaliza dizendo que o desfile de escola de samba é uma exaltação a todas as artes, à alegria e ao povo brasileiro.

Saiba mais sobre o Carnaval de Maquete da UESM

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*em colaboração voluntária ao SRZD