Chatfolia: Presidentes criam suas escolas movidos pelo amor

UESM Chat Folia

*Por Alessandro Valentim

 A paixão pelo carnaval inspirou na criação das agremiações, e essa paixão fica bem clara no 4º ano do Chat Folia. Para essa edição, a União das Escolas de Samba de Maquete traz uma novidade. A  Coluna será comandada pelo Jornalista Alessandro Valentim. Vamos ver como ele conduziu essas entrevistas animadissimas na nossa sede? Os nossos convidados de hoje são Lucas Almeida, da Império Trirriense e Yuri Bastos, da Princesinha do Sul. Vamos Conferir?

Império Trirriense

O presidente da agremiação, Lucas Almeida, brincava de carnaval de maquete ainda criança, quando nem sabia da existência da competição. Com o passar dos anos e o interesse pela folia se tornando cada vez mais especial, em uma de suas pesquisas descobriu os desfiles de maquete e não deu outra. O amor pelo samba e pela criação batizaram a Império Trirriense.
Para este ano, a escola trouxe o carnavalesco Pedro H. Lavinas para compor a comissão de carnaval e ajudar a dar uma cara nova, mais imponente. O objetivo da escola é conquistar pelo menos o G3 do grupo especial. Para defender o desfile de 2020, o samba escolhido é de 2012 da escola Mocidade Independente de Vila Isabel, de Três Rios, interior do RJ. A cidade é da equipe Tirriense.

Lucas Almeida é o presidente da agremiação de Três Rios

UESM: Como vai funcionar o enredo?
Lucas: O enredo será desenvolvido de uma forma mais clara, onde você pode identificar as alas sem precisar de uma sinopse. Dividido em 5 setores, vamos mostrar o início dessa viagem à fábrica dos sonhos e viajar aos mais variados sonhos.
UESM: Para a criação do enredo, quais materiais estão sendo utilizados?
Lucas: Estamos utilizando esse ano muito veludo e placas de acetato decoradas, muita pedraria e também vamos usar muita iluminação de led, já que o ponto forte da escola é a iluminação de seus carros.
UESM: Quais as dificuldades?
Lucas: Acho que a maior dificuldade é não encontrar material, pois somos do interior do Estado do Rio de Janeiro, então temos uma certa dificuldade em encontrar alguns materiais.

Além da distância, outra situação que vem atrapalhando a escola na busca por materiais é o isolamento social em razão do novo coronavírus. A solução encontrada para a realização do carnaval foi a reciclagem. ‘’Estamos reutilizando muitos materiais e usando a criatividade para levar algo de alto nível.’’- Lucas Almeida.

Princesinha do Sul

   A agremiação também surgiu através do amor de seu presidente, Yuri Bastos. Como mora longe dos principais centros da folia, a busca por informações entre os períodos da festa popular é o que acalma sua ansiedade. E foi durante essas pesquisas que Yuri conheceu a UESM e decidiu entrar para a competição do carnaval de maquete. Para o ano de 2020, o presidente realizará um trabalho solo. Com o apoio de amigos e familiares, a Princesinha do Sul contará com as mãos de seu presidente para desenvolver o enredo sobre as maravilhas do reino dos sonhos de uma criança. A inspiração é de décadas atrás, Lins Imperial 1985. O samba que irá embalar a inspiração mirim na avenida de maquete é Dragões da Real 2011.

Yuri Bastos é o Presidente da Princesinha do Sul de Pelotas

UESM: Como vai funcionar o enredo?
Yuri: Eu comecei a imaginar um enredo numa linha próxima ao samba da Lins de 85, falando desse universo infantil, brinquedos, circo. Até que me dei conta que teria que falar de príncipes e princesas. Ali surgiu a ideia do nosso enredo “ERA UMA VEZ – O conto de fadas da Princesinha do Sul no Reino Encantado dos Sonhos”. Nossa escola vai mostrar na avenida um verdadeiro conto de fadas, protagonizado pela personagem da escola.
UESM: Para a criação do enredo, quais materiais estão sendo utilizados?
Yuri: A internet tem sido a grande ferramenta para esse período de isolamento. O texto do nosso enredo é estruturado tal qual aos clássicos dos contos de fadas, então alguns foram consultados. Para além disso uso softwares de edição de imagem e modelagem 3D para desenvolver o projeto.
UESM: Quais as dificuldades?
Yuri: Hoje tem sido pôr em prática o projeto por falta de materiais. O fechamento do comércio por causa da pandemia tem criado dificuldades para encontrar materiais, mas tem sido bom pra forçar a criatividade e encontrar soluções alternativas. Eu curso arquitetura e urbanismo, então tenho me valido desse conhecimento para esquematizar minha produção. Eu desenhei no computador as alegorias e tripés, e partes das fantasias, assim eu consigo ter mais precisão nos tamanhos e padronizar. Além de vai de gerar muitos mais agilidade, e nessa situação de não ter material com grande disponibilidade e sem saber ao certo quando teremos, o melhor é garantir que tudo vai poder ser feito a tempo e com qualidade.

E no quesito valorização do carnaval de Maquete os presidentes deram seus recados.

Lucas, Império Tirriense: Acho que o carnaval de maquete é uma porta para muitos jovens que sonham em ser carnavalescos um dia, e a valorização dessa arte deve ser mantida pelas escolas, principalmente, pois na união mostramos nossa força.

Yuri, Princesinha do Sul: São artistas muito talentosos participando e produzindo trabalhos excelentes, que sem dúvidas teriam grande sucesso no carnaval real. Acredito que as mídias sociais e parcerias sejam a resposta. Não é um trabalho fácil, mas o potencial é imenso.

Para quem deseja entrar na competição, as agremiações têm um conselho.

Lucas, Império Tirriense: Se dediquem e busquem seus sonhos sempre. Procurem escolas veteranas para tirarem dúvidas, pois isso ajuda muito. E mantenham sempre o pé no chão.
Yuri, Princesinha do Sul: Acredite no seu potencial e venha. O trabalho é árduo, a disputa é em alto nível, mas tem uma enorme satisfação e evolução pessoal.

E para acompanhar os nossos desfiles, basta acessar o Facebook  e acompanhar com a gente. E semana que vem temos mais dois entrevistados para esse chatfolia.

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*Por Alessandro Valentim em colaboração voluntária ao SRZD

 

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