Chatfolia: Destino faz nascer Arco-íris no Carnaval de Maquete

UESM Chat Folia

*por Alessandro Valentim

Arco Iris – Belém/PA

Em meio a pandemia, a Arco-Iris vai nos brindar mais uma vez com um lindo desfile e para isso, resolveu reviver o primeiro campeonato da Acadêmicos da Pedreira de Belém. O carnavalesco Eduardo Wagner fala dos desafios de levar o desfile para a avenida. E quem nos conta é o próprio Eduardo Wagner.

 

 

Imagens do desfile vice-campeão do Grupo B em 2017

UESM: Como surgiu a agremiação?
– Sem querer. Preparava uma atividade para alunos meus do Ensino Médio – elaborar uma maquete de carro alegórico. Em meio à pesquisa por imagens, achei no YouTube os desfiles da UESM. Então, fiquei encantado e imediatamente me remeti à minha infância e adolescência, quando eu fazia desfiles em miniatura. Assim, enviei um projeto em 2017. E, aqui estamos!

UESM: O que muda na equipe para este ano?
– Nada mudou… A equipe se resume a um só! Tive ajuda de um amigo, que montou a ala de baianas. Fizemos planos para dividirmos a confecção. Mas a pandemia não permitiu. E continuo fazendo tudo sozinho.

Rico Medeiros gravou o audio original da Acadêmicos da Pedreira em 1999. Foto: Reprodução

UESM: Explica como vai funcionar o enredo e a motivação para ter sido escolhido!
– O enredo é uma releitura minha do enredo de mesmo nome da Acadêmicos de Samba da Pedreira, uma das escolas de meu bairro, apresentado em 1999, quando a escola foi campeã no grupo especial pela primeira vez. “Magia no Reino do Curupira” é daqueles desfiles e campeonatos que ficaram na memória coletiva e, também, foi meu primeiro desfile. Tocava platinela na bateria.

UESM: Qual samba será utilizado?
– O samba será o mesmo citado pelo Acadêmicos, em 1999. Consegui a gravação original com a voz do querido Rico Medeiros, que foi cantor oficial da escola até este ano.

UESM: Para a criação do enredo, quais materiais estão sendo utilizados?
-A confecção do desfile segue a mesma regra dos demais. Usa materiais diversificados. Tecidos, lonita, papel cartão, evas… E por aí vai. Houve o acréscimo de algumas texturas mais rústicas, somente.

UESM: Quais as dificuldades?
– As dificuldades agora se relacionam com as consequências da pandemia. Longo período de comercio fechado. Pouco material disponível e, após a reabertura recente das lojas, há falta de materiais importantes.

O carnavalesco com a organizadora de uma das Festa de São Benedito, enredo da escola no ano passado.

UESM: Com a pandemia, qual a situação encontrada para continuar?
-Em meio a inúmeras dificuldades com perdas familiares, amigos e eu próprio sendo contaminado, foi necessário parar um pouco para pensar em como continuar. Então, muitas coisas foram modificadas, principalmente pela falta do material que pensei usar. Resolvi desmontar todo o desfile de 2019 e separar tudo o que pudesse ser aproveitado. E assim o trabalho seguiu.

UESM: O carnaval de maquete deveria ser mais valorizado? Como?
– Penso que ainda nem é possível dizer que é “desvalorizado”. É tudo muito novo, pouco conhecido e nós mesmos estamos descobrindo o que é o “carnaval de maquete”, pois há muitos desdobramentos que nenhum de nós esperava. Acredito que a tendência é crescer, ser mais conhecido, difundido e, aí sim, valorizado, no sentido de ser gostado mesmo! Apesar disso, nos 4 anos de UESM, ainda não apresentei esse carnaval a ninguém que não tenha gostado. É muito encantador assistir os desfiles e conhecer o processo. As pessoas são seduzidas por isso.

UESM: Qual o seu recado para quem quer entrar na competição?
– É um trabalho artístico que exige dedicação, tempo e dinheiro. É uma brincadeira, mas é coisa bem séria.

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