Após estreia no carro de som da São Clemente, Larissa Luz levantou a voz a favor das mulheres negras

Larissa Luz. Foto: Diego Mendes

Larissa Luz. Foto: Diego Mendes

Na era das representatividades e referências, São Clemente, assim como a Tuiuti com Grazzi Brasil, largou na frente no quesito “dar os microfones para vozes femininas”. Longe das alas predominantemente femininas, como passistas e baianas, a escola da Zona Sul mostrou que a mulher pode brilhar em diversos segmentos. E a escolhida para ecoar o samba da São Clemente este ano foi a cantora Larissa Luz.

Oriunda do Rap, a artista está acostumada com a crítica e o protesto em forma de música. Versátil, Larissa se desdobra em diversos papéis, e um deles é o da cantora Elza Soares no musical que leva o seu nome. E foi exatamente no tablado que o presidente Renatinho a conheceu e lhe fez o convite para ser uma das representantes da voz da mulher negra no Carnaval. “Emprestei um pouco da minha atriz hoje. Eu faço a Elza no musical e foi assim que eles me convidaram. Estudei um pouco do que era isso aqui, vi uns vídeos e vim dar vida”.

Em entrevista ao SRzd, Larissa falou da importância de estar no carro de som.

“Para mim, estar aqui hoje é um ato político. Quanto mais lugares a gente estiver, mais a nossa figura ocupa espaços como esses, que são normalmente ocupado por homens. É um ponto a mais para gente na luta da resistência. A gente vai superar tudo e ocupar todos os lugares. Quanto mais ações, quanto mais a gente estiver estampadas nas telas, nos espaços, em tudo, quanto mais referência acessível para essas crianças, essas meninas pretas que estão vindo aí verem que é possível a gente fazer, realizar e ocupar. O que eu puder fazer, eu vou dar toda a minha energia para estar lá. Para poder dizer para elas que, sim, elas podem!”

 

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