Com presença de Beth Carvalho, Alegria realiza bom ensaio técnico

Beth Carvalho na Alegria. Foto: Henrique Mattos/ Maria Zilda

A Alegria da Zona Sul foi a segunda agremiação a ensaiar neste sábado (04) na Marquês de Sapucaí. Iniciado às 21h24, a vermelho e branco do Pavão Pavãozinho e do Cantagalo fez um bom ensaio técnico. O tempo de apresentação foi de 50 minutos com cerca de 1.400 componentes.

Em 2017, a escola homenageará a cantora Beth Carvalho no enredo “Vou Festejar… Com Beth Carvalho, a Madrinha do Samba”, do carnavalesco Marco Antônio. Presente no ensaio, Beth revelou em entrevista ao SRzd Carnaval que esta será a quarta vez que é tema de escolas de samba, mas que a emoção continua a mesma:

“A emoção é muito grande. É a quarta escola a me homenagear mas a emoção é como se fosse a primeira. O samba é lindo e estou preparada para o desfile”, contou.

Beth Carvalho na Sapucaí. Foto: Jeanine Gall
Beth Carvalho na Sapucaí. Foto: Jeanine Gall

A escola cantou como esquenta o samba de 2016, cujo tema foi o orixá Ogum. Beth presenteou o pequeno público presente cantando o clássico “Vou Festejar”. Ouça um pouco do que rolou:

A comissão de frente dos coreógrafos, Jorge Teixeira e Saulo Finelon, apresentou uma coreografia simples, técnica, clara e objetivo. Eram 13 homens e uma bailarina representando a infância de Beth Carvalho. Teixeira afirmou que utilizou o treino na Sapucaí para testar o andamento de desfile:

“O andamento é o do desfile com alguns movimentos também da coreografia oficial. A gente precisa treinar com o tempo do desfile”, avaliou.

Já Finelon  expliou que a dança apresentada possui movimentos característicos do ballet e revelou que é uma exibição lúdica:

“A companhia é clássica, com ballet mas foi criada em cima do ritmo e do tema. É ludico”, revelou.

Equipe de bailarinos da Alegria. Foto: Jeanine Gall
Equipe de bailarinos da Alegria. Foto: Jeanine Gall

O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Wanderson Orelha e Bárbara Falcão, foi um dos pontos positivos no bom ensaio da Alegria. Eles contaram que a coreografia apresentada não é a oficial.

Wanderson e Bárbara. Foto: Jeanine Gall
Wanderson e Bárbara. Foto: Jeanine Gall

“Estou muito satisfeita. Conseguimos colocar em prática tudo aquilo que queríamos. O ensaio técnico é o momento de se testar, de ousar e mostrar que a dança do casal de mestre-sala e porta-bandeira pode ser inovadora. Estou muito feliz pelo resultado do ensaio técnico”, avaliou Bárbara.

“Não saiu do jeito que eu queria. Foi muito mais do que eu imaginava. Conseguimos ousar, saímos da zona de conforto. Acho que casal de mestre-sala e porta-bandeira tem que parar de por muita responsabilidade no ensaio técnico. É um dia para a gente curtir”, comemorou.

Era nítida a felicidade de ambos nas apresentações em frente aos módulos de julgamento. Bárbara e Wanderson dançam juntos há apenas 2 anos e se declararam um ao outro:

“A Bárbara é como se fosse a minha alma gêmea. Eu encontrei a minha parceira no Carnaval. A gente não para. A gente ensaia muito, de madrugada, na chuva. Ela é minha verdadeira parceira de dança”, declarou Orelha.

Já Falcão resumiu todo o carinho com seu parceiro em uma frase:

“Por onde for quero ser seu par! Resumindo, é bem assim. Eu encontrei meu par, a metade da laranja. Ele topa tudo, gosta de ensaiar. Isso sim é parceria”, completou.

Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Alegria da Zona Sul. Foto: Jeanine Gall
Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Alegria da Zona Sul. Foto: Jeanine Gall

A escola desempenhou um bom papel no quesito harmonia, mas pode melhorar em alguns setores como o primeiro. Destaque para o terceiro. Em evolução, tudo ocorria bem até a saída do segundo recuo. A bateria demorou para sair e abriu-se um buraco visível no último módulo de jurados. Com exceção do fato citado, a agremiação passou compacta, organizada e utilizou bem a pista nas laterais.

A ala de baianas, trajadas com a camisa da escola e saia branca, evoluiu bem, mas com pouco contingente, 30. A velha guarda, muito elegante de vermelho e branco, passou com cerca de 25 senhores e senhoras. Já a ala de passistas atuou com uma média de 60 integrantes.

O samba-enredo dos compositores Pixulé, Rafel Tubino, James Bernardes, André Kaballa, Marcelão, Marco Moreno, José Mário, Pedro Miranda e Victor Alves foi outro destaque positivo. A obra rendeu, animou o público e foi muito bem interpretada pelo cantor Igor Viana:

“Os arranjos estão no comando de Igor Souza e Renato Ferreira e é mais ou menos o que fizemos em cima do CD. Procurei fazer um time pesado com vozes graves. Trago uma menina com voz suave que é a Julinha. É um grupo bastante coeso. O andamento apresentado, por mim é o do desfile. A gente colocou o couro pra comer”, disse Vianna.

A bateria de mestre Claudinho, contratado há cerca de 3 meses para ocupar a vaga deixada por Mestre Capoeira, passou correta e mostrou evolução. Em breve os leitores poderão assistir no site a uma análise técnica sobre os quesitos.

Os internautas puderam acompanhar de forma ao vivo os ensaios técnicos devido a uma parceria entre o SRzd e a Rádio Arquibancada.

 

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