Abrindo a segunda noite de desfiles do Grupo Especial, São Clemente surpreende com sua comissão de frente

Desfile São Clemente 2019. Foto: Juliana Dias/SRzd

Abrindo a segunda noite de desfiles, a São Clemente impressionou o público com sua comissão de frente. Fazendo uma crítica à virada de mesa que livrou Grande Rio e Império Serrano do rebaixamento para a Série A, a comissão simulou, de forma teatral, exatamente essa situação. Com bailarinos que usavam figurinos nas cores das escolas do Grupo Especial e com coreografia elaborada, o quesito arrancou gritos e aplausos de todos os presentes.

Entrevistado pelo SRzd, o coreógrafo Júnior Scapin explicou de onde surgiu a ideia e como foi o processo de criação da coreografia.

“Quando eu fiquei sabendo que era um enredo crítico, quem me chamou pra conversar foi o Renatinho. Ele falou: ‘Junior, eu queria te dar uma ideia e queria que você desenvolvesse da melhor maneira possível’ e ele falou muito por alto sobre a gente falar sobre a virada de mesa. Se é pra criticar, vamos criticar mesmo, não vamos ter medo. E aí eu pensei em virada de mesa, tabuleiro, pessoas caindo, e eu tinha referência de um trabalho que eu já tinha visto. Apresentei a ideia para eles e eles super toparam.”

O coreógrafo contou também que sentiu medo do público não entender o sentido da sua crítica, mas ficou feliz com o retorno positivo que teve.

“Tô muito feliz, cara! A gente ensaiou 3 meses, graças a Deus, tudo que a gente fez aqui foi o que fizemos nesses 3 meses, e a reação do público foi incrível. O meu grande medo era as pessoas não entenderem, mas quando a mesa virou e eles começaram a cair e abriram o ‘Game Over’, eu falei: pronto! Ganhei eles! Entenderam, vibraram, criticaram e depois bateram palma de novo, é isso que vale! Sair daqui e ver o público batendo palmas nas arquibancadas é sensacional.”

Júnior foi só elogios para o carnavalesco Jorge Silveira e o presidente Renatinho. Disse que os dois o apoiaram desde o início do processo de criação, até o momento do desfile.

“O Renatinho e o Jorge são pessoas maravilhosas. Eu posso dizer que estou chocado com o tratamento, com a estrutura e com a coordenação deles. Eu não teria feito nada disso, se meu carro não tivesse pronto a 2 meses do Carnaval, tudo que ele me prometeu, ele cumpriu, desde a grana, até a infraestrutura. O Jorge foi um fofo, virou um amigo desde o início. Eu tinha muita liberdade criativa. O Jorge não botava 1 paetê nesse carro sem perguntar pra mim se podia. Foi um trabalho em conjunto, eu fiquei muito emocionado, ele idem. Ganhei um amigo para a vida e se Deus quiser, eu não saio daqui nunca mais.”

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