Fiquei imaginando nestes quatro dias de desfiles, se os Pierrôs apaixonados das décadas de 80 e 90 decidissem escrever uma carta para os “sobreviventes” de 2022…
Seriam estes Pierrôs taxados de loucos ao querer comparar aquele público maravilhoso da década de 80, que acompanhava desfiles até a hora do almoço, lotando a Avenida, com este de hoje? Tampouco estariam no melhor de suas faculdades mentais se quisessem que este mesmo público de hoje cantasse os sambas como cantava o público da Sapucaí na década de 90? Mas o que pensariam estes Pierrots apaixonados ao se deparar com a Marquês de Sapucaí de 2022?
Será que estariam malucos a ponto de achar que o nosso samba agoniza e com morte anunciada?
Sinto informar, queridos amigos, mas posso garantir que a Marquês de Sapucaí não caminha mais para se tornar o túmulo do samba, ela já é!!
O templo por onde passaram desfiles e Carnavais inesquecíveis, terreiro de arquibancadas incendiadas, deu lugar a uma grande “Rave” de camarotes e subcelebridades que não estão nem aí para o que acontece ali naquele chão que já foi sagrado. Hoje, o desfile virou um cenário, um enfeite de luxo para grandes festas regadas a funk, batidão, pagode. Nada contra os gêneros, mas tudo tem seu lugar ou deveria ter.
Os nossos sambas passam sem resposta, os versos não ecoam mais, o som alto das festas atrapalha os julgamentos. Na pista, fotos, vaidade, truculência contra a imprensa (que começa já na negativa de credenciais). Afinal, o que importa é ver a figura nefasta do Mendigo “do carinho” desfilando sua fama absurda.
Nos intervalos entre as escolas, a iluminação de boate forma o quadro perfeito para as “músicas” que vazam dos apêndices culturais. E os sambas, por mais bonitos que sejam, por mais educativos que possam ser, morrem na boca dos desfilantes.
Nem os desfiles escapam, quando chegam as super comissões de frente destinadas a um pequeno grupo de sorte que está próximo a uma cabine de jurados enquanto o resto da Passarela se limita a ver uma dança padrão.
É, meus queridos Pierrôs, já fomos resistência, já fomos cultura viva, hoje somos peixes em um aquário a serem apreciados pelos “foliões pegadores” e seus abadás que valem mais que uma credencial.
Assinado um Comentarista desolado, que além do infinito não enxerga nenhuma luz, 29 de abril de 2022.
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