O caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, alvo de investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de organizar atos antidemocráticos para o dia 7 de setembro, descumpriu ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) e voltou a participar de transmissão em redes sociais.
A decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que autorizou busca e apreensão contra o caminhoneiro, bloqueou suas redes sociais e proibiu que ele aparecesse em redes de terceiros. “Bloqueio e não participação em suas e em quaisquer redes sociais”, escreveu o ministro que também proibiu o caminhoneiro de se comunicar com outros manifestantes.
Zé Trovão, entretanto, participou, na noite do último domingo (29), de uma transmissão ao vivo no YouTube realizada pelo blogueiro Oswaldo Eustáquio, que também foi alvo de outra investigação da PGR sobre atos antidemocráticos.
Sem citar o local para onde irá, Zé Trovão afirma na transmissão que irá participar das manifestações no 7 de setembro. Além disso, ele confirmou sua atuação na organização dos atos e afirmou que os caminhoneiros irão paralisar as atividades e bloquear estradas a partir das 6h da manhã do dia 7 de setembro.
“Em algum canto do Brasil eu vou aparecer. Talvez seja na (Avenida) Paulista, talvez seja em Brasília, talvez seja em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, não sei”, disse.
Zé Trovão desafiou a Polícia Federal (PF) a prendê-lo nas manifestações, já que ele está proibido de participar de manifestações em Brasília.
“Se prepara meu amigo, porque se quiserem me prender no dia 7 de setembro, vão me prender no meio do povo”, disse.
Levi de Andrade, advogado de Zé Trovão, também estava na transmissão e afirmou que seu cliente não estava descumprindo as ordens do STF.
“Não consta a restrição de dar entrevista a jornalistas. Como é o teu caso”, afirmou se referindo a Eustáquio.
“Ele não está proibido, em razão disso ele não pode ser preso porque não está descumprindo determinação do ministro Alexandre de Moraes”, argumentou.
Outro investigado no mesmo inquérito, o jornalista Wellington Macedo, também suspeito de convocar e apoiar os atos antidemocráticos, aparece na mesma transmissão, apesar de a ordem do STF ter proibido o contato entre os investigados.
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