Wizard se cala na CPI: ‘Me reservo ao direito de permanecer em silêncio’

Carlos Wizard. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O empresário Carlos Wizard, acusado de fazer parte do gabinete paralelo que orientava o presidente Jair Bolsonaro com informações negacionistas no enfrentamento à pandemia, usou o direito assegurado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para não prestar depoimento à CPI da Covid-19.

“Feitos esses esclarecimentos, doravante, vou permanecer em silêncio”, disse o empresário logo após utilizar os 15 minutos de que dispunha para sua explanação inicial.

Após o anúncio de que ficaria em silêncio, os senadores disseram que fariam todas as perguntas que estavam programadas. A partir daí, as respostas de Wizard foram todas de que não mais falaria aos parlamentares: “me reservo ao direito de permanecer em silêncio”.

“Ele vai permanecer calado em relação todas as perguntas, como lhe assegura o habeas corpus. É exatamente a extensão do decidido e assim o fará”, afirmou Alberto Toron, advogado de Wizard.

O depoimento de Wizard vinha sob grande expectativa para ser questionado sobre a participação no “ministério paralelo” de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19 e papel nas negociações de aquisição de vacinas.

O empresário chegou ao colegiado com uma placa da passagem bíblica Isaías 41:10. O trecho diz: “Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; Eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa”.

Carlos Wizard. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Comentários

 




    gl