Witzel culpa confronto com crime organizado por morte de Agatha Félix

Wilson Witzel. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Wilson Witzel. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

No seu primeiro pronunciamento público depois do assassinato da menina Agatha Félix, de 8 anos, o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel pediu em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (23) que a oposição não faça disso um “ato de escárnio à sociedade, para que o país continue avançando”, mostrando temer a exploração política do caso. “Tenho certeza que estamos no caminho certo”, acrescentou.

“Famílias têm perdido entes queridos em razão do crime organizado”, disse o governador, que tem atribuído a culpa do crime ao que ele chama de narcotraficantes. No entanto, familiares de Agatha reforçam a versão de que não existia confronto no momento do disparo e que se tratava de “policiamento de rotina”.

O coronel da Polícia Militar do Rio, Rogério Figueiredo, acrescentou na coletiva de que o caso de Agatha se trata de um ato isolado e que as autoridades deverão investigar o ocorrido. No entanto, Agatha é a quinta criança assassinada em operação policial no Rio de Janeiro só neste ano.

Os policiais militares envolvidos na morte da menina serão ouvidos pela Polícia Civil nesta segunda-feira (23). A criança morreu na madrugada de sábado (21) após levar um tiro nas costas no Complexo do Alemão. Segundo parentes e moradores da comunidade disseram que policiais da UPP Fazendinha teriam atirado em dois homens em uma moto e acertaram Ágatha, que estava em uma kombi.

Agatha Félix. Foto: Reprodução de Internet
Agatha Félix. Foto: Reprodução de Internet

As armas utilizadas pelos policiais e o projétil que atingiu a menina foram levados para perícia. A kombi também já passou por perícia e foi constatado que tem marca de apenas um tiro.

“Conversei com o ministro Sérgio Moro, com o deputado Rodrigo Maia e me manifestei por uma nota. E fiz questão de convocar essa coletiva. E colocar a disposição de todos o estado do RJ. Nós não temos nada a esconder”, comentou Witzel, ainda na coletiva, sem citar o presidente Jair Bolsonaro. Witzel deverá se encontrar com Sergio Moro nesta quarta-feira (25) para discutir a questão das operações policiais no Rio.

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