Vigilante diz ter ouvido ‘aqui é Bolsonaro’ antes de tiro contra Marcelo Arruda

O tesoureiro do PT em Foz, Marcelo Arruda e o bolsonarista Jorge Guaranho. Foto: Reprodução do Twitter/Facebook

O tesoureiro do PT em Foz, Marcelo Arruda e o bolsonarista Jorge Guaranho. Foto: Reprodução do Twitter/Facebook

À Polícia Civil, a vigilante Daniele Lima dos Santos disse que ouviu um grito de “aqui é Bolsonaro” instantes antes dos tiros contra o tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu. A informação é do G1.

“Disse que, logo em seguida, ela passou a ouvir vários disparos de arma de fogo. Afirmou que o condutor do veículo vinha em direção à depoente e que se ela não tivesse jogado a motocicleta para a lateral, ele teria a acertado”, aponta depoimento da vigilante que consta no relatório final da Polícia Civil do Paraná (PC-PR).

O veículo citado era do bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, autor dos disparos que mataram o petista no último dia 10.


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Daniele ainda disse que não ouviu nenhuma música vinda do carro de Guaranho e declarou que a mulher do bolsonarista “aparentava estar assustada”.

Polícia descarta crime político

A Polícia Civil do Paraná concluiu, nesta sexta-feira (15), que não houve motivação política no assassinato de Marcelo Arruda.

Guaranho foi indiciado pela polícia por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e causar perigo comum. “É difícil nós falarmos que é um crime de ódio, que ele matou pelo fato de a vítima ser petista”, disse a delegada Camila Cecconello, chefe da DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) e responsável pela investigação.

Cecconello descartou também a possibilidade de que o crime foi planejado. “Segundo os depoimentos, que é o que temos nos autos, ele voltou porque se sentiu ofendido com essa escalada da discussão, com esse acirramento da discussão entre os dois”.

“Para você enquadrar em crime político, tem que enquadrar em alguns requisitos. É complicado a gente dizer que esse homicídio ocorreu porque o autor queria impedir os direitos políticos da vítima. Parece mais uma coisa que se tornou pessoal”, completou a delegada.

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