Vigilância Sanitária leva serviços veterinários a bairro da Zona Oeste atingido pela chuva

Ação em Realengo. Foto: Divulgação/Vigilância Sanitária

Ação em Realengo. Foto: Divulgação/Vigilância Sanitária

A Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses iniciou nesta quarta-feira (4), em Realengo, ações de atendimento aos animais na operação integrada de diversos órgãos que a Prefeitura do Rio realiza desde o último domingo, 1º de março, por conta da chuva.

O posto foi montado na Rua Biguaçu, 155, onde técnicos consultas e agendamento para a castração de cães e gatos, promovendo atividades de orientação, como a distribuição de folhetos sobre a prevenção de leptospirose e outras zoonoses, doenças transmitidas aos humanos por animais. O posto segue funcionando das 9h às 16h desta quinta.

Neste primeiro dia de funcionamento do posto móvel, a equipe fez 22 consultas, implantou microchips em quatro animais e agendou 13 castrações de cães e gatos que serão feitas nos próximos dias no centro cirúrgico inaugurado em agosto do ano passado do CCZ.

“Dentro da ação integrada da Prefeitura, trouxemos médicos-veterinários e auxiliares para examinar animais e orientar a população de como se prevenir das zoonoses, principalmente, a leptospirose, muito comum neste período pós-chuva. Contamos também com e ate laçadores para intensificar o recolhimento de animais de grandes portes, como os eqüinos, normalmente abandonados nessas situações. Tudo para facilitar o acesso de moradores aos nossos serviços”, destacou o médico-veterinário Flávio Graça, superintendente de Educação da Vigilância Sanitária, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde.

Recolhimento de animais

Os técnicos são do Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso (CCZ, em Santa Cruz, no Complexo Zona Oeste da Vigilância) e do Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (o IJV, em São Cristóvão, no Complexo Zona Norte). Nas operações de recolhimento feitas em três endereços do bairro registrados na Central 1746 como pontos de cavalos abandonados, a equipe não encontrou animais.

“Fazemos diariamente o recolhimento de animais. Em 2019, por exemplo, nossas saídas resultaram ao todo em 842 animais acolhidos, entre cavalos, porcos, ovelhas e animais menores. Mas em pelo menos metade das nossas saídas, quando nossos técnicos chegam ao local já não encontram mais o animal. Ou ele se deslocou ou foi levado pelo próprio dono, o que é muito comum acontecer”, explicou a médica-veterinária Eliane Lobato, diretora do CCZ, contabilizando os resultados das outras ações feitas nesta quarta na Zona Oeste: dois cavalos em Campo Grande e três em Guaratiba.

Alguns atendimentos

A dona de casa Nhy Alves dos Santos, de 85 anos, foi uma das mais de 30 pessoas que estiveram no posto móvel da Vigilância. Ela buscou atendimento para a cadelinha Shayene.

“A minha casa foi invadida por quase dois metros de água, e tivemos que nadar na enchente para sobreviver. E hoje ela amanheceu com o olho inchado. Fiquei sabendo da consulta e vim pedir socorro à Vigilância Sanitária”, contou a idosa.

Thaís de Andrade do Nascimento, de 18 anos, levou os seus quatro cães que tiveram contato com água da chuva para se consultarem.

“Ficamos muito tempo na água, me machuquei na correnteza, mas consegui pegar todos os cachorros. Aproveitei a ação para os médicos verem como estão. Amo muito esses meus bichos, todos eles já chipados. Cuido mesmo muito deles”, disse Thaís aliviada.

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