Vigilância Sanitária do Rio interdita farmácia em Copacabana por comércio irregular de sibutramina

Vigilância Sanitária do Rio interdita farmácia em Copacabana. Foto: Divulgação

A Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio interditou, na noite desta quarta-feira (11), a farmácia da Rua Barata Ribeiro, 560, em Copacabana, Zona Sul da cidade.

Na inspeção em atendimento à denúncia feita por consumidores à Central 1746, os técnicos flagraram uma série de irregularidades, como falta de higiene, armazenamento inadequado de produtos e uma quantidade incompatível com a rotina do estabelecimento: 19.080 caixas de sibutramina estocadas em diversos pontos.

De uso controlado por representar riscos à saúde, o medicamento indicado para emagrecimento só pode ser vendido com receitas médicas, não apresentadas pelo comerciante. Outro detalhe chamou a atenção da equipe: quatro notas fiscais referentes à compra de 30 mil unidades do remédio feita no último dia 3 de dezembro, o que equivale à venda de dez mil caixas em apenas nove dias.

“Este curto período e a grande quantidade do medicamento nos chamaram a atenção, em um quadro totalmente incompatível com a realidade do estabelecimento, que é uma farmácia de bairro e não uma distribuidora. Viemos conferir a denúncia de comércio irregular de sibutramina e encontramos uma série de problemas higiênico-sanitários, como a falta de asseio, a presença de vetores (baratas), instalações precisando de manutenção e o armazenamento inadequado do produto. O resultado foram três infrações, dois termos de intimação com exigências a serem cumpridas, um termo de apreensão de mercadoria e a interdição total. A farmácia ficará fechada até que o proprietário possa dar destino comprovado ao medicamento, que é a inutilização ou a devolução ao fabricante, mediante documentos. Ele terá ainda que corrigir todas as inadequações”, explicou o médico-veterinário Flávio Graça, superintendente de Educação da Vigilância, que conduziu a ação com duas técnicas da Coordenação de Saúde do órgão.

A inspeção contou com o apoio da Guarda Municipal do Rio e a Polícia Civil será notificada para dar continuidade às investigações. A Vigilância Sanitária prosseguirá monitorando o estabelecimento para conferir o cumprimento da interdição e reforça a importância da colaboração da população denunciando irregularidades ou mesmo situações suspeitas na Central 1746.

“É muito importante contar com o consumidor, pois ele está em todas as partes da cidade o tempo todo, sendo o nosso melhor fiscal. E a Vigilância tem se esforçado para atender um número cada vez maior das demandas que recebemos do 1746. Este ano mesmo foram cerca de 14 mil chamados, com mais de 70% atendidos”, informou Flávio Graça.

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