Vigilância Sanitária aposta em ações educativas na Cidade do Rock

Inspeção na Cidade do Rock 2019. Foto: Richard Santos/Vigilância Sanitária

Inspeção na Cidade do Rock 2019. Foto: Richard Santos/Vigilância Sanitária

Mais de mil estabelecimentos inspecionados e 2.500 profissionais das áreas de alimentos e serviços capacitados, entre eles, os empreendedores de comunidades cariocas que vão produzir quitutes para o Espaço Favela, uma das novidades do Rock In Rio deste ano. Essas são algumas das ações do planejamento especial que a Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses vem realizando desde janeiro para que medidas higiênico-sanitárias estejam em dia no Parque Olímpico.

Desde as prévias, a pasta seguiu sem perder o ritmo para cumprir o roteiro de atuação no maior festival de música do planeta, que contará ao todo com 70 técnicos. Divididos em equipes multiprofissionais, eles vão vistoriar os 215 pontos de serviços com coleta de amostras de bebidas e alimentos para análise e conferência das áreas de uso coletivo, como banheiros, gerenciamento de resíduos e a qualidade da água para consumo.

A Vigilância tem também um espaço inédito para mostrar as ações educativas: o estande Indonésia, na Rock Street Ásia, onde atividades lúdicas vão alertar para hábitos que auxiliam na prevenção de riscos à saúde. Uma delas é a teatralização de uma bactéria de 1.80m de altura com um guarda municipal em seu encalço.

“Nossa maior missão é a prevenção, e antes de reprimir é preciso orientar. Por isso, investimos firme nas capacitações para o Rock In Rio, qualificando 30% a mais de profissionais do que em 2017. Nas inspeções prévias, reforçamos orientações como a importância da rotulagem nos alimentos, onde há dados como a procedência e a validade dos produtos. Segundo a FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), 600 milhões de pessoas adoecem por ano no mundo por conta de alimentos contaminados, ou seja, uma em cada dez pessoas. Para mudar essa estatística avançamos com as políticas públicas. E o estande é uma delas. Será uma oportunidade diferenciada de mostrarmos o trabalho educativo que fazemos para alertar, por exemplo, para hábitos que minimizam os riscos de alimentos contaminados”,  adianta a médica-veterinária Márcia Rolim, subsecretária de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio.

Com o tema “Coisas que você não vê, mas a gente cuida”, o estande tem painéis com imagens de micro-organismos em meio a frases que remetem aos riscos à saúde. Em um totem touch screen, o público encontrará detalhes de aplicativos de serviços da Prefeitura, como o SAUDE.RIO, ZAPCARIOCA, RIO+RESPEITO e o SISBICHO, plataforma digital recém-lançada pela Vigilância para o cadastro de animais com chip. Os visitantes poderão também acompanhar o trabalho do órgão em vídeos e outras peças produzidas para o evento.

Combate à bactéria

Os destaques no estande serão o espaço instagramável e a teatralização do guarda combatendo a bactéria. A atividade é resultado de mais uma parceria com a Guarda Municipal, com guardas do Grupamento de Ronda Escolar encenando o mascote Justo e a bactéria das 15h às 19h. Mas o espaço pode ser visitado das 14h às 2h, com o público tendo acesso ainda ao seviço de Ouvidoria da Vigilância, a atendimento para denúncias e reclamações e ainda para a emissão de licença sanitária de última hora.

Até esta quinta-feira (26), foram licenciados 215 pontos, entre bares, restaurantes e outros estabelecimentos de alimentos, serviços de estética, ambulâncias e postos médicos, entre outros.

O que a Vigilância vai conferir na Cidade do Rock

Alimentos – Comércio e produção de alimentos e bebidas, caterings e alimentação nos camarotes e veículos de transporte de alimentos.

Saúde – Postos médicos, ambulâncias e pontos de serviços de interesse à saúde, como estúdios de tatuadores, cabeleiros e massagistas.

Engenharia – Água de abastecimento, gerenciamento de resíduos, condições estruturais e sistema de climatização nos ambientes coletivos.

Análise laboratorial – Coletas de amostras de bebidas e alimentos para análise no Laboratório Municipal de Saúde Pública (Lasp), que fica em São Cristóvão, no Complexo da Zona Norte da Vigilância. Os laudos são concluídos, em média, em 48 horas.

Dicas para aproveitar o RIR com menos riscos à saúde

1- Lave bem as mãos antes de consumir alimentos e após utilizar os banheiros.

2- Não compre alimentos ou bebidas em comércio clandestino.

3- Mantenha-se hidratado bebendo bastante água filtrada ou mineral.

4- Reclamações e denúncias devem ser registradas na Central 1746.

Roteiro para o RIR começou em janeiro

A Vigilância iniciou o roteiro para o RIR em janeiro. Desde então foram realizadas nove reuniões de alinhamento com organizadores e fornecedores e capacitadas 41 turmas de profissionais de serviços de alimentos e saúde. Três delas específicas para 32 empreendedores do Complexo do Alemão, Salgueiro, Pavão-Pavãozinho e outras comunidades cariocas que produzirão quitutes a serem comercializados no Espaço Favela. Seis desses empreendedores tiveram o aprendizado testado na visita técnica feita no último dia 17 à cozinha compartilhada do Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), na Praça Tiradentes. É onde serão produzidas receitas como bolinhos de abóbora com carne seca, bolinhos de rabada com agrião e dadinhos de tapioca com molho de pimenta para a comercialização no Espaço Favela.

As inspeções

Desde a última semana de agosto, a Vigilância fiscalizou mais de mil estabelecimentos na Cidade do Rock e entorno. As prévias passaram por 12 hotéis, oito shoppings, quatro hospitais e centenas de bares, restaurantes, supermercados, lojas de conveniências, farmácias e até o Terminal Alvorada, com 23 pontos vistoriados, como lanchonetes e barbearia. Em todas as inspeções os técnicos reforçam as orientações a empresários e funcionários, alertando para a importância da rotulagem nos alimentos e a manutenção das condições de higiene, entre outros quesitos.

Planejamento operacional

Nos sete dias do RIR, o planejamento envolverá ao todo 70 técnicos, que serão distribuídos em equipes diárias para inspeções, atividades educativas e atendimento ao público em tempo real. São médicos-veterinários, enfermeiros, nutricionistas, engenheiros e outros profissionais das coordenações de Alimentos, Saúde, Engenharia e Fiscalização Sanitária, além do Núcleo de Inspeção e Fiscalização dos Ambientes Coletivos, do Laboratório Municipal de Saúde Pública (Lasp) e da Superintendência de Educação, responsável pelas capacitações, reuniões de alinhamento e todas as demais ações de orientação.

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