Vídeo mostra fachada do Pátio do Colégio de São Paulo sendo pichada

A fachada do Pateo do Collegio, edifício que reproduz a escola jesuíta que é o marco zero da cidade de São Paulo, amanheceu pichada nesta terça-feira (10).

O prefeito regional da Sé, Eduardo Odloak, publicou nas redes sociais um vídeo onde é possível ver uma pessoa usando um jato para pintar o prédio enquanto outra, ao lado, acompanha o ato. Foi escrito nas paredes, com tinta vermelha “Olhai por nóis (sic)”.

Segundo Odloak, o caso aconteceu à 1h24 da manhã e a ação dos pichadores durou apenas um minuto e meio.

“Dois vândalos, com extintor de incêndio e tinta vermelha pintaram essas letras horríveis aqui na igreja do Pátio do Colégio, que é o marco zero da cidade de São Paulo”, disse após afirmar que as câmeras de videomonitoramento do centro captaram as imagens.

O prefeito regional também informou que, com a prisão deles e o boletim de ocorrência, a prefeitura ainda emitirá uma multa de dez mil reais.

“Isso aqui é um ato criminoso contra a nossa cidade e nós vamos brigar até o fim com isso”, disse.

No final da manhã, a prefeitura levou um caminhão-pipa para lavar a calçada em frente ao edifício que também foi manchada pela tinta. “A parede provavelmente vai ter que ser lixada”, acrescentou o prefeito regional sobre as providências que terão de ser tomadas para recuperar a fachada.

O diretor do Pateo do Collegio, padre Carlos Alberto Contieri, disse que o custo de recuperação da fachada ainda não foi estimado.

“Os danos são grandes, vai precisar recuperar toda a fachada, em toda a sua extensão, de alto a baixo. Não é uma recuperação fácil, porque atingiu não só a tinta, mas os azulejos, os vidros e as esquadrias de madeira das janelas”, detalhou.

O religioso ressaltou que esta é a primeira vez que a instituição é alvo desse tipo de ação. O complexo histórico do Pateo do Collegio pertence à Companhia de Jesus, ordem religiosa católica fundada em 1540 por Santo Inácio Loyola. Os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549 com a missão de evangelizar os povos originários.

Assista ao vídeo: