UFRJ quer testar vacina contra Covid-19 em humanos ainda em 2021

Vacina. Foto: Jefferson Peixoto/Secom/Fotos Públicas

Vacina. Foto: Jefferson Peixoto/Secom/Fotos Públicas

Ao menos quatro universidades brasileiras tentam desenvolver vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus. A boa notícia é que entre o último bimestre deste ano e meados de 2022 ao menos duas instituições preveem iniciar testes em humanos.

As universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e do Rio de Janeiro (UFRJ), além da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual do Ceará, trabalham no desenvolvimento de imunizantes.

O Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pediu autorização de pesquisa para a Anvisa, chamada tecnicamente de submissão formal, em agosto deste ano.

A possível vacina deve avançar para a fase de testes clínicos em humanos no último bimestre deste ano. A expectativa foi confirmada ao site “Metrópoles” pela coordenadora da pesquisa, professora Leda Castilho, chefe do Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (Lecc) do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe/UFRJ).

A Universidade Estadual do Ceará finaliza testes pré-clínicos exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a submissão formal do imunizante. Segundo a instituição, os resultados são promissores e devem ser divulgados até o fim deste mês.

A universidade trabalha com a expectativa de que no início de 2022 a vacina seja disponibilizada para a chamada “fase clínica” da pesquisa. Reuniões foram realizadas nos últimos dois meses para acertar um plano de trabalho.

“Atualmente, a universidade encontra-se no aguardo de outros materiais para a pesquisa, que serão utilizados em análise conjunta com a equipe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)”, informa o grupo de pesquisadores, em nota.

A instituição recebeu aporte financeiro no valor de R$ 700 mil do governo cearense. O montante foi destinado para financiamento de bolsas de pesquisa e aquisição de reagentes, utilizados desde 28 de setembro em animais, conforme regra da Anvisa.

Segundo a Anvisa, para dar celeridade à análise e autorização das pesquisas clínicas para Covid-19, a agência adotou estratégias, desde o início da pandemia, para oferecer aconselhamento técnico aos desenvolvedores de vacinas e outros medicamentos, e permitiu que os documentos, dados e as informações fossem apresentados para avaliação da agência continuamente, ou seja, em partes, à medida que estiverem disponíveis.

“No entanto, nenhum dos processos citados concluiu a apresentação de dados para avaliação da autorização de pesquisa. Nenhum dos desenvolvedores das vacinas está aguardando a aprovação da Anvisa, mas estão providenciando e preparando a documentação faltante”, explica, em nota.

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