Tiririca: ‘Estão querendo pegar meu número para dar para o Eduardo Bolsonaro’

Tiririca. Foto: Câmara dos Deputados

Tiririca. Foto: Câmara dos Deputados

Os deputados federais por São Paulo, Tiririca e Eduardo Bolsonaro, disputam o mesmo número de urna nas eleições deste ano. Em entrevista à CNN Brasil, o humorista revelou chateação com o partido.

“Aconteceram umas coisas com o partido que me deixaram meio chateado. Estão querendo pegar meu número para dar para o Eduardo Bolsonaro”, disse o parlamentar mais votado do Brasil em 2010.

Tanto Tiririca quanto Eduardo Bolsonaro são considerados fortes puxadores de votos. Com o número 2222, o comediante recebeu 1,3 milhão de votos e acabou beneficiando candidatos integrantes de sua coligação que obtiveram menos de 100 mil votos, enquanto nomes de outro grupo com mais votos ficaram de fora.

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, bateu o recorde de votos de Tiririca e foi escolhido por 1,8 milhão de paulistas nas eleições de 2018.

Agora, segundo Tiririca, há uma pressão para que o número, fácil de decorar, seja utilizado pelo filho do presidente da República, que se filiou ao PL recentemente. Vale lembrar que o artista chegou a dizer que deixaria a vida política após o pleito de 2018. No entanto, voltou atrás.

O número é tido como um dos mais fáceis de memorizar pelos eleitores e será praticamente igual ao que deve ser utilizado por Jair Bolsonaro: 22. Questionado sobre quem estaria por trás da ideia, Tiririca disse ter se “esquecido” do nome.

Embora faça parte da mesma sigla que passou a abrigar a família Bolsonaro, Tiririca carrega a marca de ser o parlamentar do PL que mais votou contra o governo.

Segundo levantamento divulgado pelo site “Congresso em Foco”, em novembro de 2021, o parlamentar paulista só acompanhou o governo em 58% das vezes —percentual bem abaixo da bancada do partido, que, empatada com o PP aos 93%, é a segunda mais fiel às propostas do Executivo federal. As siglas só ficavam atrás do PSL, legenda pela qual Jair Bolsonaro se elegeu e que o seguiu em 95% das votações.

O número que cada candidato usará nas urnas só deve ser definido perto da convenção partidária prevista para acontecer entre julho e agosto.

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