‘Tentaram politizar a prova’, diz ministro ao rebater acusações de interferência no Enem

Milton Ribeiro, acompanhado do presidente do Inep, do delegado do PF, Cléo Mazzotti, e do diretor de Operações dos Correios, Carlos Henrique Ribeiro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Milton Ribeiro, acompanhado do presidente do Inep, do delegado do PF, Cléo Mazzotti, e do diretor de Operações dos Correios, Carlos Henrique Ribeiro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, rebateu as críticas realizadas contra o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021 e afirmou – após a realização do primeiro dia de prova – que o exame passou por uma tentativa de politização.

Segundo o comandante da pasta, se o governo tivesse interferido, algumas perguntas “talvez não estariam ali”: “Sobre a cara do governo, vocês puderam notar que segue o mesmo padrão nas provas, em nenhum momento podemos discutir quando analisar as questões. Isso foi uma narrativa, tentaram politizar a prova. Não teve nenhuma interferência. Talvez se tivesse, algumas perguntas talvez não estariam ali”.

A crítica ocorre após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que o Enem deste ano não repetiria “absurdos” do passado e que a prova passaria a ter “a cara do governo”.

Ribeiro se defendeu e declarou que a prova teve, sim, o perfil do governo federal: “Seriedade, transparência, assuntos de cunho acadêmico, sem desvios de recursos, sem vazamento de questões ou provas. Essa é a cara do nosso governo, seriedade e profissionalismo”.

Primeiro dia de provas tem 26% de abstenção

O primeiro dia de aplicação do Enem 2021 digital e impresso teve 26% de abstenção. Do total de 3,1 milhões de candidatos inscritos, cerca de 2,3 milhões compareceram às provas em mais de 1,7 mil municípios. Os números foram divulgados nesta noite pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).   

Considerando apenas o Enem impresso, que concentra a maior parte das inscrições, 3.040.907, as faltas chegaram a 25,5%. O estado com a maior porcentagem de faltas foi o Amazonas, com 40,6%. No Enem digital, 46,1% dos 68.893 inscritos não compareceram ao exame.

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