TCU condena Janot, Dallagnol e procurador a devolver R$ 2,8 milhões ao Estado

Rodrigo Janot e Deltan Dallagnol. Fotos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil e Marcelo Camargo/Agência Brasil

Rodrigo Janot e Deltan Dallagnol. Fotos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil e Marcelo Camargo/Agência Brasil

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU) condenou o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ex-procurador Deltan Dallagnol e o procurador João Vicente Romão, a devolverem R$ 2.831.808,53 gastos pela força-tarefa da Lava Jato com diárias e passagens.

Além disso, eles foram multados em R$ 200 mil e terão de pagar a dívida em 36 meses. Os três foram considerados os responsáveis pela idealização, solicitação e autorização das despesas com diárias e passagens na Lava Jato.

O TCU considerou que a força-tarefa teve “pagamento desproporcional e antieconômico de diárias e passagens a procuradores escolhidos sem critérios objetivos”.


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Segundo o Ministério Público junto ao TCU, procuradores da Operação poderiam ter usado opções mais econômicas de diárias e passagens. Em vez de serem transferidos para Curitiba, os procuradores recebiam ajuda financeira para trabalhar na capital paranaense, como se estivessem em uma situação transitória.

Além do ministro Bruno Dantas, votaram pela condenação Augusto Nardes, Aroldo Cedraz, Antonio Anastasia, Marcos Bemquerer Costa e André Luís de Carvalho.

Janot se colocou à disposição para concorrer a deputado federal pelo Distrito Federal, e Dallagnol é pré-candidato a deputado federal pelo Paraná. Na prática, a decisão desta terça-feira (9) pode torná-los inelegíveis.

Através do Twitter, Rodrigo afirmou ser vítima de perseguição pelo TCU e citou suposta “inversão de valores”.

“O sistema quer vingança. Este é mais um episódio que mostra o quanto o sistema político não tá nem aí pra sociedade e quer ver a Lava Jato longe do Congresso Nacional. Mostra até onde o sistema é capaz de chegar para impedir que o combate à corrupção avance no país”, disse. Na publicação, o ex-procurador disse que pretende recorrer da decisão.

A Operação Lava Jato durou de 2014 a 2021 para combater a corrupção e lavagem de dinheiro. Na época, quatro organizações criminosas que teriam a participação de agentes públicos, empresários e doleiros passaram a ser investigada perante a Justiça Federal em Curitiba.

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