Suspeita de atrapalhar investigações do caso Marielle, advogada tem medo de ser assassinada

Marielle Franco. Foto: Reprodução de Internet

Marielle Franco. Foto: Reprodução de Internet

A advogada Camila Lima Nogueira, apontada pela Polícia Federal como integrante de uma organização criminosa que atrapalha as investigações sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, diz que tem medo de ser assassinada.

“Tenho medo de ser assassinada porque todos que teriam interesse em manipular as informações e personagens estão fora da investigação federal”, disse Camila ao UOL. Ela nega que tenha cometido qualquer ato ilegal para atrapalhar as investigações.

“Eu não tenho segurança para estar no Brasil. Eu tenho medo de ter sido vítima de uma grande armação e de ter gente muito pior envolvida neste caso e de me matarem por causa disso”, completou.

Camila é advogada do policial militar Rodrigo Jorge Ferreira, o Ferreirinha, preso na sexta-feira (31) durante uma operação da Polícia Militar do Rio para desmontar uma milícia que atua na Zona Oeste do Rio. O PM disse em depoimento à PF ter mentido quando incriminou o chefe do grupo paramilitar, Orlando Curicica, como um dos mandantes da morte da vereadora do PSOL.

A advogada afirma que conheceu Ferreirinha em fevereiro de 2018, quando um amigo a indicou para resolver um processo judicial do PM referente a uma casa dele que seria levada a leilão pela Caixa Econômica Federal. Para a Polícia Federal, Ferreirinha e Camila agiram em conluio para obstruir a investigação do caso.

Desde que foi alvo de um mandado de busca e apreensão no último dia 21 de fevereiro, a advogada diz passar a maior parte do tempo dentro de casa, em um bairro da zona sul do Rio. Na rua, teme estar sendo perseguida por carros que trafegam lentamente ao seu lado. Ela afirma, porém, que nunca recebeu ameaças.

A advogada diz ainda que pediu em fevereiro ajuda à seccional fluminense da OAB e ao Ministério Público para entrar em um programa de proteção de testemunhas, mas nunca recebeu respostas. A OAB-RJ afirmou à reportagem que “ninguém da diretoria tem conhecimento desse fato”.

Comentários

 




    gl