SP: Sindicato marca reunião e greve do metrô pode continuar na quarta-feira

Greve dos metroviários. Foto: Rovena Rocha/Agência Brasil

Greve dos metroviários. Foto: Rovena Rocha/Agência Brasil

O Sindicato dos Metroviários confirmou na manhã de terça-feira (3) a realização de uma nova assembleia às 18h. A reunião ocorre porque parte dos sindicalistas pretende estender a greve para quarta-feira (4), por questões de terceirizações e outras propostas do sindicato. Ferroviários e funcionários da Sabesp não devem estender a paralisação.

A greve conjunta ocorre em protesto contra os planos do governador Tarcísio de Freitas, que pretende privatizar a companhia de saneamento básico e fazer a concessão de linhas metroviárias. Os ônibus municipais e intermunicipais funcionam normalmente.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, considerou abusiva a greve que paralisou metrô, trens e parte dos trabalhadores da estatal de saneamento nesta terça-feira (3).

“Infelizmente, aquilo que a gente esperava está se concretizando. Temos uma greve de metrô, CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos] e Sabesp [Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo]. Uma greve ilegal, abusiva, claramente política. Uma greve que tem por objetivo a defesa de um interesse muito corporativo”, disse, sobre o movimento contra a privatização de serviços.

Sindicato contesta

A presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, rebateu, em transmissão pelas redes sociais, as declarações do governador. Segundo a líder sindical, a privatização dos serviços do metrô, trens e da Sabesp já está em andamento e não apenas em fase de estudos, como afirmou Tarcísio.

“Ele já fez um edital de terceirização dos serviços de atendimento do metrô, que está previsto para ocorrer na semana que vem, no dia 10 de outubro”, enfatizou.

“Tem leilão marcado de privatização da linha 7 Rubi para o dia 29 de fevereiro. Ele está encaminhando o projeto de lei de privatização da Sabesp na Assembleia Legislativa. Ele está conversando com os prefeitos de todas as cidades que têm os serviços de Sabesp, convencendo as prefeituras a abrir mão da autonomia dos municípios para avançar com o projeto de privatização da Sabesp”, destacou a sindicalista sobre as ações concretas que estão sendo tomadas para que os serviços públicos sejam repassados à iniciativa privada.

Metrô

No Metrô, a paralisação ocorre na Linha 1 (Azul); Linha 2 (Verde); Linha 3 (Vermelha) e Linha 15 (Prata). Não deve ser afetado o funcionamento da Linha 4 (Amarela) e da Linha 5 (Lilás). Na CPTM, a greve paralisa a Linha 7 (Rubi); a Linha 10 (Turquesa); Linha 11 (Coral); Linha 12 (Safira); e Linha 13 (Jade). As linhas já privatizadas – 8 (Diamante) e 9 (Esmeralda) – não serão afetadas. Na Sabesp, a greve não afetará as estações de tratamento e o fornecimento de água. A paralisação atinge principalmente os setores como arrecadação e manutenção.

Trens

Na CPTM, a greve envolve os trabalhadores da Linha 7 (Rubi); Linha 10 (Turquesa); Linha 11 (Coral); Linha 12 (Safira); e Linha 13 (Jade). As linhas já privatizadas – 8 (Diamante) e 9 (Esmeralda) – não serão afetadas.

Ponto Facultativo

A Prefeitura da capital paulista decretou ponto facultativo dos serviços municipais e suspendeu o rodízio de veículos desta terça-feira (3) em razão da greve.

De acordo com a Prefeitura, será mantido o funcionamento de escolas e creches, unidades de saúde, serviços de segurança urbana, de assistência social, do serviço funerário, e demais serviços essenciais.

A administração municipal determinou ainda que as concessionárias do transporte coletivo de passageiros por ônibus disponibilizem 100% da frota durante todo a terça-feira.

O Governo de São Paulo também determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital, inclusive na educação e parte do setor de saúde. Os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato, que vão oferecer as refeições previstas normalmente.

Ainda segundo o Governo, as consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e outras unidades de saúde estaduais da capital terão seus reagendamentos garantidos.

Serviços de saúde essenciais não serão afetados. Os agendamentos nos postos do Poupatempo serão remarcados, assim como aulas e provas da rede estadual de ensino.

Comentários

 




    gl