Site da prefeitura de Chapecó informa 93% de ocupação de vagas de UTI

Chapecó. Foto: Prefeitura de Chapecó

A cidade de Chapecó, no estado de Santa Catarina, entrou para o centro da discussão nacional sobre o enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Brasil.

Citada como exemplo de sucesso por aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por supostamente refutar medidas mais restritivas de isolamento social e liberar o uso de medicamentos sem comprovação científica em sua eficácia para o coronavírus, mereceu uma visita de Bolsonaro nesta quarta-feira (7).

O município, de fato, apresenta melhora nos índices de novos casos e mortes por Covid ao longo das últimas semanas, mas eles não são consequência do chamado “tratamento precoce”, mas sim, de um conjunto de medidas tomadas pela gestão municipal. Para se ter uma ideia, a região Oeste da cidade chegou a ter 170 pacientes aguardando por uma vaga de terapia intensiva. Na última segunda-feira (5), esta lista foi zerada.

Os índices de contaminação também reduziram, dado comprovado pela testagem; há um mês, 70% dos testes aplicados em Chapecó tinham resultado positivo, agora, são 27%.

Para o site local NSC, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), disse que o tratamento precoce foi apenas uma, de outras medidas tomadas pela gestão:

“É um conjunto de ações, não uma ação única. Todas as unidades de saúde foram abertas só para Covid, fizemos testagem muito rápido, identificando quem tinha Covid para isolamento. Mas também o tratamento rápido. Definimos mais um ambulatório Covid, uma grande estrutura, um grande quadro de médicos que optaram também pelo tratamento precoce, o que também ajudou”, explicou.

Em janeiro, logo após a sua posse, Rodrigues emitiu decreto que flexibilizou regramentos e ampliou o horário de funcionamento para atividades não essenciais. Um mês depois, a cidade virou o epicentro da pandemia em Santa Catarina, com fila de espera por leitos de UTI e pacientes enviados ao Espírito Santo para tratamento, por falta de vagas na cidade.

Diante do quadro de colapso, a prefeitura abriu novos leitos de retaguarda, em unidades de pronto atendimento, as UPAs, e no Centro de Eventos, contratou 150 profissionais para atender os pacientes, ampliou a testagem e adotou medidas restritivas.

Outro decreto, o de número 40.409, de 11 de março, fechou o comércio, bares, restaurantes, academias e construção civil, entre outras atividades, implantou restrições de circulação após às 0h e proibiu o consumo de bebidas alcoólicas nos espaços públicos.

Ainda de acordo com o site oficial da administração municipal de Chapecó, dados desta quarta-feira apontam que a situação não é confortável como se tem divulgado;

LEITOS – UTI PÚBLICO 93%
LEITOS – UTI PRIVADO 90%
LEITOS – UTI (HRO) 93%
LEITOS – UTI (UNIMED) 90%
LEITOS – ENFERMARIA PÚBLICO 85%
LEITOS – ENFERMARIA PRIVADO 69%
LEITOS – ENFERMARIA (HRO) 85%
LEITOS – ENFERMARIA (UNIMED) 69%

Chapecó somou, desde o início da pandemia, 541 mortes por Covid-19, até esta terça-feira (6). A cidade tem 224.013 habitantes, segundo o IBGE, o que significa que, a cada 100 mil habitantes, 241 morreram em decorrência do novo coronavírus.

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