Sigilo telefônico de 11 ex-assessores de Carlos Bolsonaro é quebrado

Carlos Bolsonaro. Foto: Reprodução - Facebook de Carlos Bolsonaro

Carlos Bolsonaro. Foto: Reprodução – Facebook de Carlos Bolsonaro

O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) autorizou o afastamento do sigilo dos registros de chamadas telefônicas e dos metadados de 11 ex-funcionários do vereador Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio.

Com a quebra dos sigilos, os investigadores terão acesso aos dados armazenados nos celulares de um grupo de 11 ex-assessores do gabinete. Serão identificados o histórico de chamadas telefônicas efetuadas e recebidas, dados cadastrais, de conexão com Wi-Fi, de localização e das antenas que tenham sido utilizadas pelos investigados enquanto trabalharam na Câmara do Rio, em períodos entre 2005 e 2019.

Segundo o juiz, foram identificados “indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado” no gabinete de Carlos Bolsonaro.

Ele ressaltou que, para o MPRJ, o filho do presidente é apontado diretamente como chefe da organização. As informações são da colunista Juliana Dal Piva, do UOL.

A quebra de sigilos faz parte da investigação que apura um esquema de “rachadinhas” e de funcionários fantasmas no gabinete do vereador, entre 2001 e 2019.

A prática da “rachadinha” é o desvio de parte do salário do assessor para o parlamentar ou o secretário, a partir de acordo feito como exigência para nomeação em determinada função.

De acordo com a publicação, dos funcionários investigados, sete são parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro e ex-chefe de gabinete de Carlos. André Valle e Andrea Valle são irmãos de Ana Cristina e Marta Valle é cunhada da ex-chefe de gabinete.

Gilmar Marques (ex-cunhado de Ana), Guilherme Henrique de Siqueira Hudson (primo de Ana), Ananda Hudson (mulher de Guilherme) e Monique Hudson (cunhada de Guilherme) também serão investigados.

Além disso, outras quatro pessoas tiveram o sigilo telefônico quebrado: Rodrigo de Carvalho Góes, Nadir Barbosa Góes, Diva da Cruz Martins e Andrea Cristina da Cruz Martins.

De acordo com o juiz, a quebra do sigilo é “juridicamente viável e necessária”. Para o magistrado, os dados encontrados podem “conter informações a respeito da organização criminosa supostamente por eles integrada”.

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