Sidney Rezende: Com troca na Petrobras, Bolsonaro sinaliza que reage conforme pressões

Sidney Rezende. Foto: Reprodução de TV

No quadro “Liberdade de Opinião” desta segunda-feira (22), Sidney Rezende comentou a indicação do general Joaquim Silva e Luna para a presidência da Petrobras feita pelo presidente Jair Bolsonaro, na semana passada. Para assumir o cargo, Luna precisará ter a aprovação do conselho de administração da companhia, que se reúne na terça-feira (23).

“O presidente, evidentemente, tem muito poder, mas é uma interferência, não resta a menor dúvida que sim. O mercado financeiro já entendeu assim e de cara [o preço da ação] despencou — e há a probabilidade de cair mais ainda hoje”, avaliou Rezende. “Falamos muito em previsibilidade. Quando você muda o escopo de uma regra do jogo, tem que avisar todas as partes, preferencialmente avisar com antecedência para que todos possam se preparar”, completou.

“Outro problema que temos que acompanhar é se o governo vai começar a reagir conforme a pressão que acontece. O presidente teve problema de configuração no celular dele e ameaçou aumentar impostos de empresas de redes sociais; se ele não está satisfeito com a política da Petrobras, ele troca o presidente; se há pressão dos caminhoneiros, ele logo opta por liberação de impostos federais por dois meses”, disse Rezende. “Esse tipo de atitude não trata de maneira sistêmica o problema. Se vai apagando incêndios de maneira localizada. Isso é grave porque desregula tudo”, concluiu o jornalista.

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