No quadro “Liberdade de Opinião” desta sexta-feira (16), Sidney Rezende analisou a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse, em entrevista à CNN Brasil, que “talvez desista” de criar um novo imposto com base digital, conhecida como “nova CPMF”.
Para Sidney, Guedes “está se reinventando”. “Ele está cedendo, jogando o jogo e tendo paciência. Ou seja, ele está tirando o que colocava como prioridade para apresentar talvez depois, e aceitando o que o time adversário está propondo para não perder muito – e, se possível, ficar no zero a zero que já não está”, analisou.
Rezende ainda disse acreditar que “Guedes está se segurando neste jogo até o final deste ano” e fará uma virada após as eleições.
“Tenho, para mim, que Guedes está se segurando neste jogo até o final deste ano – que é eleitoral e não vão acontecer essas medidas”, afirmou o jornalista.
“Ele está se segurando como um sobrevivente para terminar o ano e renovar o próximo com um novo presidente da Câmara, e aí vamos ver um Paulo Guedes 2. O sobrevivente vai virar um grande guerreiro com a espada na mão. Acho que isso vai acontecer no ano que vem”, considerou.
Nessa quinta-feira (15), Guedes declarou à CNN: “A mídia, por exemplo, quer desonerar a folha [de pagamento], não quer? Esse imposto só entraria se fosse pra desonerar. Talvez nem precise, talvez eu desista”.
Nesta semana, o ministro vem se reunindo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e já disse que o Brasil ainda busca uma forma responsável e sustentável de financiar o Renda Cidadã.
O maior desafio é achar um espaço no orçamento sem furar o teto de gastos. A intenção é abarcar o mesmo público beneficiário do auxílio emergencial durante a pandemia, aumentando assim o número de beneficiários e também o valor das parcelas de pagamento.
Sidney Rezende ainda comentou o caso do senador Chico Rodrigues, que teve o afastamento por 90 dias determinado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Barroso enviou o caso para deliberação do Senado, a quem cabe manter ou não o afastamento do parlamentar.
Para Rezende, o ministro do STF “poderia ter sido até mais duro e veemente na sentença parcial”. “Mas ele não o fez, dando até condições para, nesses 90 dias, ele se defender. Foi uma situação muito constrangedora até para o próprio delegado”, acrescentou.
Os comentários de Sidney Rezende vão ao ar, de segunda a sexta-feira, ao vivo, na CNN Brasil, às 9h, com reapresentação a partir das 13h e uma versão resumida no jornal das 19h15.
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