Sidney Rezende: ‘Não há a mínima condição de Caboclo voltar após 30 dias para a CBF’

Sidney Rezende. Foto: Reprodução de TV

Sidney Rezende. Foto: Reprodução de TV

No quadro “Liberdade de Opinião” desta segunda-feira (7), o jornalista Sidney Rezende analisa as denúncias de assédio contra o presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, que contorna diversas pautas brasileiras neste momento: é investigado pelo suposto crime de assédio sexual contra uma secretária e está na lista dos requerimentos para ser convocado à CPI da Covid-19 a fim de prestar esclarecimentos sobre a realização da Copa América em meio à pandemia.

O jornalista avalia que a governabilidade de Caboclo está frágil e não considera ser possível que ele retome ao posto em 30 dias.

“Quando alguém perde a governabilidade, a capacidade de administrar pela via política interna e quando alguém é rejeitado pelo próprio corpo, torna-se quase inviável o prosseguimento. É o que o senhor Caboclo está vivendo. Não vejo condições de governabilidade e de administração dele ao retorno daqui a 30 dias”, analisa Sidney.

Sidney diz que as gravações de Rogério Caboclo, vazadas pela secretária, “são profundamente inadequadas, escandalosas e criminosas” e que, por isso, é improvável que sua versão dos fatos seja acatada.

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“Tem essa acusação seríssima, que fará com que, em sigilo, a CBF e a sua Comissão de Ética, agora, por trinta dias investiguem, podendo prosseguir o prazo de trinta dias. Eu acho pouquíssimo provável que o presidente [Rogério Caboclo] permaneça, que se diga em trinta dias que ele não teve culpa de nada e que ‘não foi bem assim’, que a versão dele, depois de ouvido, foi aceita.”

Sobre a realização da Copa América no Brasil, que tem gerado impasses entre os governadores e o governo federal, Sidney diz que será preciso um posicionamento rápido dos jogadores e do técnico Tite, visto que as delegações chegam ao Brasil nesta semana e o torneio se inicia no próximo domingo (13).

“Amanhã (8), os jogadores da seleção vão se expressar. É possível que o Tite fale também. O [Carlos Henrique] Casemiro, capitão, deve falar em nome do grupo. Possivelmente, antes do jogo da Seleção Brasileira, ele vai se pronunciar e vamos saber o que este grupo pensa, se vão se posicionar favoravelmente à disputa ou não.”

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