Sidney Rezende: ‘Comportamento de Bolsonaro se reflete na cultura de parte da população’

Sidney Rezende. Foto: Reprodução de TV

No quadro “Liberdade de Opinião” desta sexta-feira (25), Sidney Rezende falou sobre os depoimentos de especialistas da saúde na CPI da Covid-19. O epidemiologista e pesquisador Pedro Hallal e a diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, disseram aos senadores que centenas de milhares de mortes pela Covid-19 no Brasil poderiam ter sido evitadas.

“Aprendi muito ontem, como tenho aprendido com outros depoentes na CPI. Não sou daqueles que acha que a comissão é um circo, acho que tem exibições e vaidades, é uma casa política e sabemos que isso é inevitável”, disse o jornalista.

“De qualquer maneira, aprendi muito ontem porque eles deram aula. E é assustador eles chegarem a conclusões com estudos que dizem que 4 a cada 5 mortes no Brasil poderiam ter sido evitadas”, afirmou Rezende. “A desorganização governamental e descentralidade também prejudicou muito, município fazendo uma coisa, estado outra e o governo federal uma terceira.”

“A redução da transmissão também poderia ser evitada se houvesse testagem e se se incentivasse mais o uso de máscara, de distanciamento e álcool em gel. Ontem mesmo o presidente da República incentivou uma criança em evento a tirar a máscara e, depois ele foi conversar com as pessoas, e tirou a máscara de outra, numa completa invasão de privacidade”, continuou Rezende.

“O presidente até hoje não acredita na importância do uso de máscara. Isso tudo se reflete na cultura de parte da população, que toma uma dose e não vai tomar a segunda; usa máscara uma hora e, na outra, não usa; e tem gente também que acredita que não tem doença nenhuma.”

Assista:

Comentários

 




    gl