Sidney Rezende: ‘Ao faltar à CPI, Wizard compromete sua defesa sobre gabinete paralelo’

Detalhe da identificação de Carlos Wizard em frente ao assento que seria destinado a ele na mesa da CPI. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (18), Sidney Rezende falou sobre a ausência do empresário Carlos Wizard à CPI da Covid-19. Por essa razão, o presidente da comissão, senador Omar Aziz, pediu à Justiça para que o passaporte do empresário seja retido quando ele retornar ao Brasil.

No Supremo Tribunal Federal, a defesa de Wizard questiona o fato de a CPI seguir tratando o empresário como uma “testemunha faltosa” e não como um investigado. Para os advogados, Wizard já está sendo investigado e por isso deveria ter os direitos garantidos a alguém nessa condição.

“Wizard é inteligente, preparado, rico, tem os melhores advogados que quiser para defendê-lo e me parece que conduziu-se muito mal nessa matéria [de decidir não comparecer à comissão]”, afirmou Rezende.“Ele aparentemente não está querendo ir à sessão, criando todas as dificuldades. Se fosse qualquer outra pessoa, a CPI seria mais veemente, mas talvez a CPI esteja pisando em ovos [com Wizard]”, completou.

“Não é ele que tem que pautar a CPI; é a CPI que tem que pautar os depoentes, mas parece que é Wizard que quer pautar e isso é muito esquisito, muito ruim. Qual o temor de ir lá responder as perguntas? Mas como o tal do gabinete paralelo tem comprovações muito objetivas de que ele fazia mais do que uma colaboração e interferia nas políticas que o Pazuello determinava, ele talvez tema ir por achar que seja ruim pera ele. Acho que está fazendo trapalhada muito grande na sua própria defesa”, concluiu o jornalista.

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