Sergio Moro vai ao Senado para explicar conversa vazada com Dallagnol

O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, em entrevista coletiva . Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Sérgio Moro em entrevista coletiva. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom – Agência Brasil

Líder do governo no Congresso, deputada federal Joice Hasselmann, disse nesta terça-feira (11) que o ministro da Justiça, Sergio Moro, irá à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado falar sobre a troca de mensagens com o procurador da República Deltan Dallagnol divulgadas pelo site “The Intercept Brasil”.

Segundo a jornalista Monica Bergamo, do jornal “Folha de São Paulo”, o depoimento de Moro à CCJ foi marcado para a próxima quarta-feira (19). “Ele escreveu uma carta se colocando à disposição e nós aceitamos ouvi-lo na próxima semana”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Moro havia dado a possibilidade de ir no dia 26, mas a senadora Simone Tebet avisou que na primeira data é melhor. A sessão com Moro acontecerá às 9h.

A parcialidade do julgamento dele nos casos da operação passou a ser questionada. A lei exige que o magistrado mantenha distância tanto da defesa quanto da acusação em processos de qualquer natureza.

Nesta terça-feira (11), Moro esteve no Senado. Sua presença surpresa no local causou tensão nos corredores; ao deixar o gabinete do bloco, ele ouviu gritos de “juiz corrupto” e “qual é o seu partido, Moro?”. 

Em reunião com senadores em um almoço fora da agenda, Moro disse que as conversas foram coletadas de maneira “ilegal” e que isso é “criminoso”. Ele também afirmou que desejava ser ministro e não se arrepende de ter deixado o cargo de juiz.

A reportagem do “The Intercept” mostrou mensagens trocadas entre o então juiz federal e Dallagnol. Segundo o site, Moro deu orientações ao procurador sobre como atuar em processos da Operação Lava-Jato, inclusive em um que investigava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Procuradores também teriam discutido como barrar uma entrevista do líder petista à Folha, autorizada pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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