Sem insumos, vacinação contra Covid-19 no Brasil está ameaçada, diz Butantan

Instituto Butantan. Foto: Governo de São Paulo

A vacinação dos brasileiros contra a Covid-19 poderá sofrer impacto a partir de junho se o governo chinês não liberar a importação de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para as vacinas Coronavac, do Instituto Butantan, e da AstraZeneca, produzida pela Fiocruz. A avaliação é do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Nesta segunda-feira (10), o governador João Doria e Dimas Covas participaram de coletiva de imprensa, durante a liberação de mais 2 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde.

Questionado sobre atualizações na chegada do IFA, antes prevista para o dia 18 de maio, Dimas Covas falou que a situação é a mesma e não há atualizações que confirmem a data.

“Nós não temos definição da liberação do insumo da China. Existe a expectativa de 4 mil litros, sim. Esperamos que até na quarta-feira, dia 13, nós possamos ter uma notícia positiva. O cronograma de vacinação a partir de junho poderá sofrer algum impacto”, afirmou, ao relembrar que o Butantan precisa dos insumos para envasar a vacina contra a Covid-19.

Dimas também destacou que recebeu informações de que a Fiocruz também enfrenta o mesmo problema com a produção da vacina da AstraZeneca.

João Doria e Dimas Covas voltaram a criticar as falas do presidente Jair Bolsonaro em relação ao governo chinês, um dos motivos que, segundo eles, teriam provocado o atraso do IFA.

“É muito claro que há uma limitação determinada pelo governo da China dadas as circunstâncias das constantes manifestações absolutamente inapropriadas, inadequadas e inoportunas do governo brasileiro através das suas autoridades”, disse o governador. Doria disse, no entanto, que o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, tem feito esforços diplomáticos junto ao governo chinês para agilizar a liberação de exportação.

“Mas, o fato é que a cada esforço que faz o ministro Carlos França e o ministério das relações Exteriores, há o esforço contrário, em manifestações lideradas pelo próprio presidente da república, o que torna tudo mais difícil”, criticou o tucano.

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