Sem apoio do PSDB, João Doria desiste de candidatura à Presidência

João Doria em discurso. Foto: Reprodução do Facebook/João Doria

João Doria em discurso. Foto: Reprodução do Facebook/João Doria

O pré-candidato à presidência, João Doria, do PSDB, desistiu de sua candidatura por conta da falta de apoio político do partido. Em pronunciamento, na tarde desta segunda-feira (23), Doria afirmou que vai se retirar da disputa por acreditar que a cúpula do partido vai escolher um outro nome com mais aderência interna.

“Hoje, neste 23 de maio, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito essa realidade com a cabeça erguida”, iniciou seu discurso o ex-governador de São Paulo.

Ainda não se sabe qual será o posicionamento dos tucanos no pleito. O mais provável é que o partido apoie a senadora Simone Tebet, do MDB. Em conversas reservadas, tucanos utilizam a pesquisa encomendada pelo PSDB, MDB e Cidadania, que aponta Tebet como a melhor opção para representar o candidato da chamada “terceira via”.

“Me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve”, disse Doria após se reunir com a cúpula do partido.

Ao anunciar sua saída da corrida presidencial, João Doria destacou que cometeu “excessos”, e que teria cometido erros pela “pressa”: “Peço desculpas pelos erros. Se me excedi, foi por vontade de acertar. Se exagerei, foi pela pressa em fazer com perfeição. Se acelerei, foi pela urgência que as ações públicas exigem”.

Ao final de sua fala, Doria foi fortemente aplaudido pelos aliados presentes e chorou diante das câmeras. Assista como foi feito o anúncio:

Simone Tebet deve ser a candidata da “terceira via”

Em novembro do ano passado, Doria foi escolhido como pré-candidato do PSDB à Presidência da República ao derrotar, em uma eleição interna, o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto.

Com polêmicas e um processo tumultuado, o ex-governador de São Paulo recebeu 53,99% dos votos, enquanto Leite obteve 44,66%. Desde então, Doria tenta se manter como candidato, apesar dos rachas internos no partido.

A avaliação foi que Doria já tinha chegado a um limite nas pesquisas eleitorais, enquanto a senadora Simone Tebet ainda tem margem para crescimento.

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