A seis dias da eleição, Moro quebra sigilo de parte da delação de Palocci

Antonio Palocci. Foto: Agência Brasil

Antonio Palocci. Foto: Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro quebrou nesta segunda-feira (1), a seis dias da eleição, o sigilo de parte do acordo de delação premiada de Antonio Palocci com a Polícia Federal.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de São Paulo”, o magistrado responsável pela Operação Lava Jato afirmou que não vislumbra “riscos às investigações em outorgar-lhe publicidade” depois de examinar o conteúdo da delação.

A publicação revela que parte das informações coletadas pela Polícia Federal na delação de Palocci acabaram sendo incluídas na ação penal que investiga o Instituto Lula. Nessa delação, o ex-ministro detalha um suposto esquema de indicações para cargos na Petrobras durante o governo de Lula. Além disso, relata uma suposta reunião no Palácio do Planalto com a presença do ex-presidente.

Segundo Palocci, ficou acertado nesta reunião o pagamento de R$ 40 milhões em propina para a então campanha de Dilma Rousseff à Presidência, em 2010. Essa informação, porém, já havia sido divulgada em outros depoimentos de Palocci, antes dessa delação premiada. Dilma e Lula negam tais informações e denúncias.

Segundo o acordo, firmado no final do mês de abril, Palocci terá de pagar uma multa de R$ 35 milhões e teve redução de dois terços de sua pena. Anteriormente, Palocci havia tentado fechar um acordo com o Ministério Público Federal, sem sucesso.

Preso desde setembro de 2016, Antonio Palocci foi condenado a doze anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-ministro está detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Sérgio Moro entendeu que o ex-ministro negociou propinas com a Odebrecht, que foi beneficiada em contratos com a Petrobras.

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