O vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro Edson Santos está em processo de renovação política. O parlamentar é ex-ministro-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (2008/2010) e ex-deputado federal. Em entrevista ao SRzd, ele adiantou suas atuais prioridades. Entre elas, participar do debate do que de mais importante acontecer na capital e também no estado.
Edson Santos – “Tendo como referência o Estatuto da Igualdade Racial vamos trazer pro centro do debate a luta contra o racismo e a redução das desigualdades em todas as ações do nosso mandato. Estas questões precisam permear todas as esferas e políticas públicas e meu mandato está a serviço desta construção coletiva, de uma sociedade mais justa e igualitária, que é uma sociedade melhor para todos”.
Edson Santos – “Assumi a Presidência da Comissão de Cultura com várias missões importantes neste momento em que a Cultura volta a ter relevância no Brasil. Depois de Bolsonaro, estamos falando em reconstrução e a Comissão é parte deste processo dentro dos espaços em que podemos influenciar e legislar. Estreitar o diálogo entre poder público e fazedores de cultura popular, acompanhar editais de fomento e colaborar para trazer para o Rio programas do Governo Federal estão entre nossas prioridades”.
Edson Santos – “Há uma grande expectativa de um futuro promissor para a cultura do Rio. Estive com o secretário de cultura Marcelo Calero, e ele falou das possibilidades em relação à Lei Paulo Gustavo e Aldir Blanc, na expectativa dos recursos virem via município para chegar junto aos movimentos culturais. Além disso, aguardamos também que o prefeito nos apresente o Plano Municipal de Cultura,
os caminhos para que as pessoas acompanhem a gestão da cultura da cidade, pelo Conselho Municipal de Cultura e a constituição de Fundo Municipal de Cultura, para onde serão alocados os recursos tanto municipais quanto vindos de outras esferas”.
O momento mais tenso da entrevista foi quando Edson Santos demonstrou seu inconformismo com a forma como a política de Segurança Pública está sendo conduzida pelo Governo Estadual. “É um governo que foi eleito com as bandeiras do bolsonarismo e que já mostrou que não se importa com o ir e vir dos moradores das favelas, com a saúde do mais pobre e com a cultura popular. O que fez de bom foi por muita pressão dos parlamentares de oposição na Alerj. A gestão do governador Cláudio Castro conta com pessoas lotadas em órgãos públicos e escolhidos sem o menor critério. E geralmente isso não dá certo”, disse.
Em depoimento em vídeo ao SRzd, Edson Santos, que também é sociólogo, com histórico de participação em decisões para igualdade racial, listou os problemas que ações policiais sem planejamento e cuidado estão acarretando para a vida dos moradores das áreas mais pobres.
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