Secretário de Saúde de São Paulo diz que eficácia de vacina não atingiu 90%

CoronaVac. Foto: Instituto Butantan

A CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech, mostrou eficácia entre 50% e 90% em testes brasileiros, disse o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, após o governo paulista adiar na quarta-feira (23), pela terceira vez, a publicação de dados sobre a vacina.

Os resultados dos testes são conhecidos exclusivamente pelo centro de pesquisas biomédicas do Instituto Butantan, que tem um acordo com a Sinovac para produção da vacina.

Gorinchteyn afirmou que nunca esperou que o imunizante chegasse a 90% de eficácia devido à tecnologia usada em seu processo de desenvolvimento. Os dados referentes aos estudos brasileiros não foram divulgados ainda, segundo ele, porque a chinesa Sinovac, que desenvolve a vacina, quer comparar os resultados brasileiros com o de outros países para entender as divergências.

“Quando se discutiu qual seria esse percentual de eficária, houve uma discussão de que em outros locais do mundo os estudos mostravam uma eficácia superior. Dessa maneira, a Sinovac pediu a revisão de alguns dados porque acreditava que em algumas faixas essa eficácia deveria ser maior. Assim sendo, esses dados foram reportados à agência chinesa em conjunto com a Sinovac para uma tabulação e análise e dessa forma serão revelados nos próximos dias”, afirmou o secretário à rádio CBN.

Segundo Gorinchteyn, as vacinas que são formuladas com fragmentos de vírus inativados, caso do imunizante da Sinovac, costumam produzir menos anticorpos do que as produzidas com vírus vivo atenuado.

“A vacina da gripe (feita com vírus inativados) tem uma variação dependendo da faixa etária de proteção que vai de 40% a 80% em determinados grupos. Então, nós sabíamos que a efetividade jamais atingiria 90%. Nós imaginávamos que a empresa queria, objetivava uma unicidade, um resultado próximo, em todos os países”, disse o secretário.

O laboratório Sinovac deu prazo de até 15 dias para remeter os dados revisados ao Butantan, ainda de acordo com Gorinchteyn. Só aí se divulgará efetivamente o percentual de eficácia atingido no Brasil.










 

Comentários

 




    gl