A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo confirmou a ocorrência de um caso de sarampo na capital. Este é o primeiro registro de contaminação após um período de quatro anos. Até então, o último datava de setembro de 2015, quando duas pessoas tiveram a doença.
Apesar de não oferecer detalhes sobre o caso, a pasta informou através de um boletim do seu Centro de Vigilância Epidemiológica que a vítima é um bebê de 5 meses que teria contraído a infecção em uma viagem à Noruega.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a Europa enfrentou o pior surto de sarampo da década em 2018. Ao todo foram 82,5 mil casos confirmados e 72 mortes. Infecções por transmissão interna (também chamadas de autóctones) ainda não foram confirmadas em São Paulo, mas existem ao menos 35 casos suspeitos e sob investigação.
A pasta afirma que foi realizado um bloqueio vacinal de forma seletiva, que consiste na atualização do esquema da vacina tríplice viral em pessoas não imunizadas ou com o esquema de imunização incompleto. Agentes do órgão também atuaram em locais frequentados pelo paciente após avaliação de seus deslocamentos recentes.
No dia 19 de março o Ministério da Saúde já havia confirmado que o Brasil perderá o status de país livre do sarampo, após registrar em fevereiro um novo caso no Pará e não ter conseguido interromper a transmissão de sarampo durante o último ano.
Causada por um vírus, o sarampo é uma doença grave e contagiosa, que pode ser transmitida por contato direto com a secreção ou pelo ar. Suas complicações são maiores em crianças menores de um ano de idade e desnutridas.
Os sintomas podem incluir febre alta, tosse, coriza, olhos lacrimejando, manchas avermelhadas na pele e manchas brancas na parte interior das bochechas.
É possível proteger-se dela por meio da vacina, disponível gratuitamente na rede pública de saúde. Para que os resultados sejam mais eficazes, são necessárias as aplicações de duas doses a partir de um ano de vida da criança.
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo também orienta a imunização de gestantes, indivíduos imunossuprimidos e adultos que não receberam a vacina na infância. Ela também protege contra outras duas doenças: caxumba e rubéola.
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