Em sua conta oficial do Twitter o filho do presidente Jair Bolsonaro, do PSL, Eduardo Bolsonaro, ironizou uma questão da prova de linguagens do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, que teve sua primeira aplicação de 2018 neste domingo (4).
O Deputado Federal por São Paulo eleito com mais de 1,8 milhão de votos disse não ser preciso, para ser ministro da Educação, saber sobre o “dicionário dos travestis ou feminismo”.
Junto ao comentário, o deputado anexou foto da questão de número 37 do exame. Nela, o texto traz como exemplo o dialeto usado por travestis – estendendo-se à comunidade LGBTI+ – para questionar aos estudantes sobre o motivo que caracteriza a linguagem como “elemento de patrimônio linguístico”:
A questão específica virou polêmica nas redes sociais em poucas horas. Em resposta às críticas, a ativista e também Deputada Federal Talíria Petrone elogiou não só a pergunta que Eduardo Bolsonaro desaprovara, mas o conteúdo do primeiro dia de prova do maior vestibular do país:
“No Enem teve Luther King, Rosa Parks, Orwell, Conceição Evaristo. Teve reflexão sobre feminicídio, assédio, lésbica, travesti, família, racismo, democracia, memória. E mais: a importância da discussão sobre direitos humanos desde a educação básica. A Educação resiste, e muito!”, disse.
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