Eleita com dois milhões de votos Deputada Estadual por São Paulo e confiante na derrota do PT nas eleições presidenciais para Jair Bolsonaro, do PSL, Janaina Paschoal não contém sua felicidade. Em entrevista à BBC News Brasil, fica evidente também sua surpresa com o enorme assédio após a eleição.
Desde que conquistou seu mandato com votação recorde para o cargo, embalada pelo reconhecimento pela atuação no impeachment de Dilma Rousseff, ela não para de receber ligações pedindo emprego e apoio político. “É surreal”, diz, aos risos.
Caso Bolsonaro seja confirmado presidente, Janaina dispensa qualquer cargo e defende a nomeação de Sergio Moro para o Supremo Tribunal Federal. Apesar de críticos verem o candidato como “uma ameaça à democracia”, a jurista rechaça que Bolsonaro seja autoritário e diz que ele governará para a “pluralidade”.
Por outro lado, ao ser confrontada com suas declarações de incentivo à violência, deixa claro seu distanciamento.
“Eu tenho pedido ponderação desde sempre. Não sou o que se possa chamar de uma bolsonarista. (…) Passei a apoiá-lo porque não quero o PT de volta e vi nele a força suficiente para fazer frente a isso, força que não vi nos outros”, contou.
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