Em Santos, mulher espera há 10 anos por um transplante de rim

A ex-monitora de creche Claudia Pinho Lazaro está há 10 anos na fila de espera para conseguir um transplante de rim.

A moradora de Santos, no litoral de São Paulo, é uma das 33 mil pessoas que aguardam por uma doação.

Graças a dedicação de profissionais da saúde e conscientização das famílias, houve um aumento no número de notificações de possíveis doadores. A notícia renova a fé de Claudia e de outros tantos que ainda aguardam pelo dia do transplante.

Claudia teve hepatite C durante a adolescência, fez o tratamento, mas acabou tendo uma trombose e perdeu 80% da visão do olho direito, além de ter tido dois miomas no útero, que foram retirados. Depois, veio a insuficiência renal. A ex-monitora de creche já foi chamada três vezes para fazer o transplante. Duas vezes a dispensaram por telefone e, na última, ela precisaria se deslocar para a capital e não houve tempo para isso:

“A última foi dia 24 de abril. Foi terrível. Minha mãe não estava bem e morreu pouco depois. Vi que realmente não era o meu momento ainda”, conta.

Claudia continua fazendo o tratamento com remédios e hemodiálise. O mal estar é frequente após as sessões. Para ela, ficaria mais fácil se o transplante fosse realizado na Baixada Santista: “O número de captação de órgãos aumentou e isso é bem legal. Está dando frutos. Mas, a Central de Transplante é em São Paulo”, lamenta.