Em terceiro lugar, Eduardo Suplicy fica fora do Senado

Eduardo Suplicy. Foto: Reprodução

Após liderar as pesquisas Datafolha e Ibope durante todo o período eleitoral, o vereador Eduardo Suplicy acabou sendo superado pela tucana Mara Gabrilli (PSDB) e Major Olimpio (PSL), um dos principais aliados de Jair Bolsonaro no estado, que foram eleitos neste domingo (7) para representar São Paulo no Senado Federal.

É a segunda derrota consecutiva do petista em busca do cargo. Em 2014, ele foi superado por José Serra (PSDB), que recebeu mais de 11,1 milhões de votos e terminou com 58,49% dos votos válidos. Suplicy foi o escolhido por 6,1 milhões, com 32,53%.

Mais sobre Eduardo Suplicy

Eduardo Matarazzo Suplicy é economista, professor universitário, administrador de empresas e um dos fundadores do PT.

Membro do ramo ítalo-brasileiro da família Matarazzo, é bisneto do conde Francesco Matarazzo, sendo o oitavo dos onze filhos de Filomena Matarazzo (1908-2013), neta do conde e corretor de café Paulo Cochrane Suplicy (1896-1977).

É formado em administração de empresas pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e em economia pela Universidade Estadual de Michigan, onde também concluiu seu mestrado e doutorado (PhD). Em 2 de fevereiro de 2016, recebeu também o título de Doutor Honoris Causa da Université Catholique de Louvain (UCL/Bélgica).

Suplicy chegou ao posto de senador por São Paulo em 1991, em todas as vezes eleito pelo PT, completando em 2014 vinte e quatro anos de legislatura. No início de seu primeiro mandato, defendeu a implementação de um programa de transferência de renda chamado Programa de Garantia de Renda Mínima, que apresentou como proposta em abril de 1991 por meio do Projeto de Lei do Senado 80/1991. A proposta se organizava na forma de um imposto de renda negativo.

Em 2003, quando um grupo de deputados federais e senadores do PT (a maioria fundadores do partido), liderados pela senadora do estado de Alagoas, Heloísa Helena, e composto pelos deputados Babá e Luciana Genro, foram expulsos do partido por serem contrários aos caminhos por ele tomados, Suplicy foi um dos seus poucos filiados notórios que defendeu publicamente os dissidentes, o que provocou a ira de outros dirigentes do PT, como José Dirceu, e o risco de não ser mais candidato ao Senado numa próxima legislatura. Este grupo de dissidentes viria mais tarde a fundar o Partido Socialismo e Liberdade, o PSol.

Foi o mais votado vereador de São Paulo nas eleições de 2016 com 301.446 votos (5,62 % dos votos válidos), tendo quase três vezes mais votos do que o segundo colocado.

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