Compra irregular de equipamentos no HC; prejuízo de R$ 4,8 milhões
A 9ª Vara Federal Criminal de São Paulo acolheu denúncia do Ministério Público Federal contra o neurocirurgião do Hospital das Clínicas Erich Talamoni Fonoff, o ex-diretor administrativo do HC Waldomiro Pazin, um empresário e uma enfermeira. Eles agora são réus em ação penal pelos crimes de fraude em licitação, corrupção e associação criminosa.
A denúncia veio à tona em 2016, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Dopamina. O esquema envolvia a compra irregular de marcapasso cerebral, aparelhos para implante em pacientes com Parkinson.
Segundo o Ministério Público, a estimativa é que o esquema causou prejuízo de cerca de R$ 4,8 milhões aos cofres públicos.
Por meio de nota, o HC informou que “os dois funcionários citados foram afastados desde o início das investigações” e que “o próprio HC realizou uma apuração interna sobre o caso e vem colaborando com o MPF”.
Segundo a procuradora da república Karen Kahn, autora da denúncia do HC, houve “robusta coleta de provas”, com “comprovação da materialidade dos crimes denunciados” e , “fortes indícios de autoria envolvendo os ora acusados”.
“A abertura de ação penal, neste caso, mostra-se como fundamental para permitir que as evidências colhidas quanto aos delitos apontados pelo Ministério Público Federal (fraude à licitação, corrupção e associação criminosa) sejam amplamente trabalhadas no âmbito do Judiciário Federal, em prol da busca da verdade real e da justiça”, afirma a procuradora.
+ veja na íntegra a nota do Hospital das Clínicas
“O Hospital das Clínicas da FMUSP informa que os dois funcionários citados foram afastados desde o início das investigações. O próprio HC realizou uma apuração interna sobre o caso e vem colaborando com o MPF. Esclarece, ainda, que todas as compras do HC do “marca-passo” cerebral foram realizadas por meio de licitação por registro de preço”.
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