Rodrigo Maia rebate Bolsonaro: ‘Não uso redes sociais para agredir ninguém’

Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, declarou que não usa suas redes sociais para agredir ninguém. A afirmação foi uma resposta ao presidente Jair Bolsonaro, que antes de embarcar de volta para o Brasil em Santiago, no Chile, neste sábado (23), disse a jornalistas que via o presidente da Câmara agressivo em relação ao governo e que a reforma da previdência agora é responsabilidade do Congresso.

“Eu vivo num país democrático, e dentro daquilo que vocês me perguntam, e que a sociedade me demanda, eu falo o que acredito. Sem nenhum tipo de agressão a ninguém, né. Até porque eu não uso as redes sociais para agredir ninguém. Eu uso as redes sociais para dar informação aos meus eleitores, à sociedade brasileira. Assim tenho me portado desde que assumi meu primeiro mandato de deputado federal e na Presidência da Câmara”, disse Maia após participar de um almoço com o governador de São Paulo João Doria do PSDB neste sábado (23) na capital paulista.

Durante entrevista, Rodrigo Maia ressaltou que não quer falar sobre desgaste que sua relação com o Palácio do Planalto sofreu nos últimos dias: “Estamos olhando para frente”, disse.

A relação entre o presidente da Câmara e o Palácio do Planalto se desgastou nos últimos dias. Primeiro, ele teve um atrito, na quarta-feira (20) com o ministro da Justiça, Sergio Moro, sobre a tramitação do pacote anticorrupção enviado pela pasta a Câmara.

Depois, Maia demonstrou insatisfação pelo fato de, na avaliação do deputado, o governo não estar se envolvendo como deveria nas negociações pela reforma da Previdência. Nesta sexta-feira (22), ele afirmou que Bolsonaro precisa dedicar “mais tempo para cuidar da reforma da Previdência e menos tempo” para as redes sociais.

Rodrigo Maia afirmou que Jair Bolsonaro se considera pressionado pela “velha política”, mas precisa dizer o que é a “nova política”. O deputado disse ainda que o governo não pode terceirizar a articulação política com o Congresso para aprovar a reforma da Previdência.

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