Rodrigo Maia rebate Bolsonaro: ‘Se Poderes toparem, parlamentares reduzem salários’

Rodrigo Maia. Foto: Reprodução de Internet

Rodrigo Maia. Foto: Reprodução de Internet

Após o governo confirmar a ampliação do auxílio emergencial e a redução do valor das novas parcelas , que deverão ser duas de R$ 300, o presidente Jair Bolsonaro citou, em conversa com jornalistas na saída do Palácio do Planalto após reunião ministerial, o alto custo do programa e disse que, por ele, o valor poderia ser aumentado para até R$ 1.000, desde que fosse possível pagar. Como “solução”, ele sugeriu cortar salários de parlamentares que defendem a manutenção dos R$ 600 no auxílio.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, comentou a proposta do presidente de cortar salários de parlamentares para arcar com a prorrogação do auxílio emergencial, dizendo que a conta não bate. “O salário dos parlamentares, em relação ao custo ou ao investimento, dá uma diferença um pouco grande”, ironizou.

“A conta só está um pouco distante: o custo de dois meses do auxílio emergencial são R$ 10o bilhões. O custo anual do salário dos parlamentares são R$ 220 milhões brutos. Câmara já economizou mais de R$ 150 milhões, que é quase um ano de salário, mas não temos problema no debate, é um debate que precisa ser feito”, afirmou Maia.

Para ele, uma proposta de cortes lineares, envolvendo todos os três Poderes, não enfrentaria resistência no Congresso. A proposta de ampliação do auxílio para R$ 600 partiu da Câmara dos Deputados, ressaltou, e assim, “construção de condições para que a gente possa continuar transferindo renda para os brasileiros mais simples e mais vulneráveis”.

“Se todos os Poderes topassem cortar um valor, que seja por seis meses, para garantir os R$ 600, tenho certeza que os parlamentares vão participar e vão defender.”

A questão, defendeu ele, é que a maior parte do custo de pessoal, no Brasil, não envolve o Legislativo. “O custo de mão de obra do serviço público federal, dos três Poderes, está na ordem dos R$ 200 bilhões. Desses, R$ 170 bilhões são do Executivo, R$ 25 bilhões do Ministério Público e Judiciário e R$ 5 bilhões são os servidores do Congresso Nacional, incluindo os parlamentares. Se o debate for esse, não há nenhum problema que todo mundo participe para compensar a manutenção de dois ou três meses da renda mínima”, expôs.

Jair Bolsonaro confirmou que a tendência é que o auxílio emergencial tenha, além das três parcelas originais de R$ 600, mais duas de R$ 300. Segundo Bolsonaro, o governo não tem condições de continuar se endividando.










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